
O TikTok, plataforma de vídeos curtos, transformou uma simples troca de mensagens em uma corrida diária por constância com o “foguinho”. O recurso de streak que tomou conta da plataforma e se tornou febre principalmente entre adolescentes.
A ideia é parecida com o antigo streak do Snapchat, mas com um elemento extra que chamou ainda mais atenção: um mascote virtual que reage ao comportamento dos usuários.
Como funciona o foguinho do TikTok
O foguinho aparece quando dois usuários se seguem mutuamente e conversam/enviam vídeos todos os dias pelo chat do TikTok. Depois de três dias consecutivos, um pequeno personagem virtual surge na conversa, marcando o início da streak.
A partir daí, a dinâmica funciona assim:
1. Troca diária obrigatória
Os dois usuários precisam mandar pelo menos uma mensagem/publicação por dia.
A streak só conta quando existe troca, enviar mensagem sozinho não mantém o fogo aceso.
2. O mascote virtual acompanha a sequência
O “pet” funciona como um símbolo da amizade digital:
- Ele aparece feliz quando a streak está ativa;
- Cresce e evolui conforme o número de dias aumenta;
- Fica triste quando está perto de acabar;
- Pode até “morrer”, resetando o foguinho, quando a interação acaba.
3. O contador visível
O ícone mostra exatamente há quantos dias o foguinho está ativo (🔥3, 🔥15, 🔥100, etc.). Quanto maior o número, maior o “status” dentro da plataforma, criando um incentivo social para não deixar a sequência quebrar.

Por que o foguinho virou polêmica?
Apesar de divertido e usado como uma forma de aproximar amigos, o recurso também levantou discussões sobre dependência digital, especialmente entre crianças e adolescentes.
ONGs e especialistas citados pelo jornal Metrópoles afirmam que o foguinho cria uma pressão psicológica: perder a sequência significa “decepcionar” o amigo ou “matar” o mascote, levando muitos jovens a entrar no TikTok diariamente apenas para manter o contador vivo.
A mecânica do streak é uma estratégia clássica de engajamento, usada para prolongar o tempo de uso do aplicativo, e por isso vem gerando críticas semelhantes às enfrentadas pelo Snapchat anos atrás.

