A medicina brasileira acaba de ganhar destaque internacional com a criação de um dispositivo que vem sendo chamado informalmente de “viagra eletrônico”. Desenvolvido por um pesquisador brasileiro, o equipamento apresentou 90% de eficácia na recuperação da ereção em um estudo inicial com homens que passaram por cirurgia de câncer de próstata, procedimento que, frequentemente, danifica os nervos responsáveis pela função sexual.
Batizado de CaverSTIM, o aparelho funciona de maneira semelhante a um marcapasso, só que direcionado à região pélvica. Durante a cirurgia, pequenos eletrodos são implantados próximos aos nervos cavernosos, responsáveis pela ereção. Quando acionado por um controle remoto, o dispositivo envia estímulos elétricos que reativam a função erétil.
O estudo piloto foi realizado com dez pacientes, e nove deles recuperaram a vida sexual que tinham antes da cirurgia. Segundo os pesquisadores, a maioria voltou a apresentar ereções firmes em cerca de dois meses, sem necessidade de medicamentos, bombas a vácuo ou injeções penianas.
A disfunção erétil é um problema que afeta mais de 150 milhões de homens no mundo, e o novo dispositivo surge como uma alternativa promissora — especialmente para quem enfrenta sequelas após o tratamento do câncer de próstata. Agora, o próximo passo é ampliar os testes clínicos para validar a tecnologia em larga escala e avaliar sua aplicação também em casos de disfunção não relacionada ao câncer.

