Uma pesquisa recente do Pew Research Center (2024) revelou uma tendência que redefine o conceito de sucesso entre os mais jovens: a Geração Z está trocando as metrópoles por cidades menores e pelo interior em busca de uma vida mais tranquila e significativa.
Mais de 60% dos entrevistados, com idades entre 18 e 28 anos, afirmaram que preferem qualidade de vida a status profissional, rompendo com o modelo tradicional de ascensão urbana. Esse comportamento tem transformado o mapa populacional de países como Estados Unidos e nações europeias, onde cidades médias e pequenas receberam cerca de 30% dos jovens profissionais nos últimos anos.
Entre os fatores que impulsionam essa migração estão a expansão do trabalho remoto, que permite atuar de qualquer lugar com boa conexão, e o alto custo de vida nas capitais, agravado pela falta de rotatividade imobiliária em bairros valorizados, já que as gerações anteriores, como os Boomers e a Geração X, tendem a permanecer em suas residências por longos períodos.
Além da busca por moradia mais acessível, o estudo aponta que os jovens valorizam o contato com a natureza, o tempo livre e a saúde mental. Essa mudança de paradigma indica uma transformação estrutural na visão de pertencimento e sucesso: para a Geração Z, viver bem está acima de viver para trabalhar.
A geração, composta por pessoas nascidas entre 1997 e 2012, cresceu em meio à tecnologia e à hiperconectividade. Agora, paradoxalmente, é ela quem mais busca desconectar-se para reconectar-se com o essencial.

