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Revistas adolescentes dos anos 2000: o mundo teen antes do TikTok 

De ídolos a assuntos íntimos, as revistas eram nossas melhores amigas 

07/05/2025 - 13h10min

Atualizada em: 07/05/2025 - 13h21min

Atlântida

Se você cresceu nos anos 2000, é bem provável que tenha guardado pelo menos uma edição da Yes!Teen, Capricho, Todateen ou Atrevida no fundo do armário — ou quem sabe ainda tenha um pôster do RBD, One Direction ou Crepúsculo colado na parede até hoje.

Sim, se hoje você rola o feed pra saber o que tá bombando, lá nos anos 2000 a galera corria pra banca pra comprar suas publicações favoritas. Elas foram as grandes influenciadoras de uma geração que cresceu entre pôsteres colados na parede e testes do tipo “você beija bem?”. Tudo isso antes da era dos reels e do TikTok.

Reprodução

Um universo teen impresso em papel

Nos tempos em que a internet era discada (e barulhenta!), as revistas eram a principal fonte de informação e muitas vezes de entretenimento para os adolescentes – sobretudo do público feminino -.

Cada edição trazia matérias sobre moda, conselhos de comportamento, testes e mais testes, entrevistas com celebridades, pôsteres gigantes e claro: a seção de cartas dos leitores com os maiores desabafos.

Capricho: a pioneira de tudo

A Capricho nasceu em 1952, mas foi nos anos 90 e 2000 que virou praticamente um patrimônio cultural das adolescentes brasileiras. Era lá que a gente lia as matérias sobre primeiros beijos, cartas dramáticas sobre amores não correspondidos.

Além disso, era o lugar ideal para acompanhava o sucesso dos Rebeldes, do Restart, do Justin Bieber e garantir os pôsteres gigantes de Sandy & Junior.

Em 2015, a revista saiu das bancas e virou 100% digital, dominando as redes com conteúdo afiado sobre autoestima, moda e comportamento. 

Mas em dezembro de 2024, rolou um comeback histórico: a Capricho voltou a ser impressa, com Boca Rosa na capa e um conteúdo que mistura nostalgia com as pautas que realmente importam hoje: saúde mental, representatividade, beleza real e cultura pop da nova geração.

Agora, a Capricho imprime duas edições por ano, vendidas avulsas (o sistema de assinatura não existe mais) pra ler, guardar e colecionar.

Atrevida: a ousada da turma teen

Se a Capricho era a clássica, a Atrevida era a descolada. Lançada em 1995, ela falava de tudo sem papas na língua: sexo, autoestima, amores, corpo e empoderamento feminino. 

Era conhecida por colocar as celebridades do momento nas capas, lançar novos talentos e incentivar as leitoras a se expressarem do jeitinho delas.

Durante anos, foi o espaço onde as jovens se sentiam ouvidas e representadas. A Atrevida também encerrou sua versão impressa por volta de 2017.

Todateen: a vibe pop que a gente amava

A Todateen também fez história! Lançada no fim dos anos 90, ela sempre teve uma pegada bem leve, pop e divertida. Seus pôsteres gigantes e testes icônicos (quem nunca respondeu a um “Qual boy da novela combina com você?” que atire o primeiro gloss roll-on) eram o auge da leitura no intervalo da escola. 

Também apostava em dicas de make, conselhos de coração partido e entrevistas com os queridinhos da vez.

Apesar da queda do formato impresso, a Todateen segue viva nas redes e no seu site, com foco em entretenimento, fandoms e fofocas do mundo dos famosos.

Yes!Teen: a revista dos ídolos

A Yes! Teen foi a queridinha das fãs mais apaixonadas. Seu diferencial era o foco nos artistas que as leitoras amavam de verdade. A revista era tipo um altar do pop: trazia as fofocas quentinhas, reportagens sobre bastidores, capas com celebridades teens e muitos — mas MUITOS — pôsteres.

Ela ficou super popular nos anos 2000 e ajudou a eternizar fases como o auge do RBD, o boom do One Direction e o início da febre K-pop. Era quase impossível sair da banca sem comprar uma edição nova.

As revistas podem ter saído das bancas, mas a influência delas tá viva até hoje. A forma como as gerações de hoje se relaciona com influencers, fandoms e estilo tem raízes nesses tempos em que a gente dobrava a capa da revista pra esconder da mãe, ou recortava tudo pra colar no fichário.

O design cheio de informações e a linguagem descontraída é modelo pra muita coisa produzida até hoje, é a marca registrada que as bancas deixam até hoje.



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