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Bebês reborn: bonecas realistas que conquistaram as redes e viraram febre no Brasil 

As bonecas hiper realistas que parecem bebês de verdade estão dominando as redes, encantando colecionadores e famosos

08/05/2025 - 15h28min

Atlântida

Você já viu um bebê tão realista que quase achou que era de verdade… mas não era? Se sim, você provavelmente cruzou com um bebê reborn. Eles são tão realistas que parecem mesmo crianças reais.

Do Instagram ao TikTok, passando por canais no YouTube, essa febre ultrapassou o mundo do colecionismo e caiu no gosto de crianças, adultos e até terapeutas.

Reprodução
Bebês viraram trend nas redes sociais

O que são bebês reborn?

Os bebês reborn (que significa algo como “bebê renascido” na tradução livre) são bonecos hiper-realistas, produzidos artesanalmente para parecerem com bebês recém-nascidos de verdade.

Cada detalhe é pensado com extremo cuidado: pele com textura, veias visíveis, dobrinhas, cílios, cabelo implantado fio a fio, peso realista e até cheirinho de bebê.

Eles são feitos em vinil siliconado ou silicone puro e podem pesar entre 1kg e 3kg — como um bebê real. Alguns até têm mecanismos que simulam respiração, choram ou mexem os olhos.

Quanto custa um bebê reborn?

Os preços variam bastante. Dá pra encontrar modelos mais simples a partir de R$ 500 – esses são menos realistas, com cabelos muitas vezes pintados e não aplicados -, mas os mais detalhados e personalizados podem ultrapassar R$ 6.000.

Em caso de “bebês” importados e personalizados com inspirações em bebês reais, como a réplica de alguém - o valor pode chegar a quase R$40.000.

Faixa de preço média no Brasil:

  • Reborn básico: R$ 500 a R$ 900
  • Reborn realista com detalhes: R$ 1.200 a R$ 2.500
  • Reborn personalizado (cabelo implantado, choro, respiração, etc.): R$ 3.000+

Por que os bebês reborn viralizaram nas redes sociais?

A nova geração de criadores de conteúdo ajudou (e muito) a impulsionar a popularidade dos reborns. Tem vídeo de “banho da noite”, troca de roupa, montagem de enxoval e até consulta pediátrica.

O TikTok e o Instagram foram os maiores responsáveis por essa explosão de interesse, principalmente entre adolescentes e jovens adultos. Mas o conteúdo mesmo é produzido – a anos – por pessoas mais velhas que são colecionadores do item.

O resultado? A hashtag #bebereborn acumula milhões de visualizações, e perfis do gênero saíram de suas bolhas e estão chegando cada vez mais na página inicial ou timeline de muita gente.

Se você pensa que esse é o assunto do momento, saiba que a pauta é antiga. Dados do Google Trends que analisam termos de pesquisa, apontam que o termo “bebê reborn” nem está no seu pico máximo de procuras na plataforma.

O Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking global de interesse por bebê reborn nos últimos cinco anos, mas o maior pico de pesquisa aconteceu em agosto de 2020. Isso porque, naquele momento, vivíamos em plena pandemia, onde muitas pessoas buscavam uma forma de lidar com o isolamento e solidão.

Em análise do gráfico de acessos, que você pode conferir abaixo, é possível entender que o maior número de procura acontece nos meses de outubro e dezembro, antes do Dia das Crianças e Natal. Isso acontece porque as crianças continuam sendo o público majoritário desses “bebês”, o que impulsiona as vendas – e por consequência a procura na internet - .

Reprodução
Pesquisas sobre o termo "bebê reborn" nos últimos cinco anos

Pra que serve um bebê reborn?

Além do lado estético, os reborns também têm outras funções — algumas delas até terapêuticas. Olha só:

  • Coleções: Muita gente compra reborns como item de arte ou hobby.
  • Terapia emocional: Usados por psicólogos e terapeutas no apoio ao luto ou ansiedade.
  • Cuidados em idosos: Idosos com Alzheimer, por exemplo, podem se beneficiar com a companhia.
  • Educação emocional: Crianças aprendem sobre empatia e responsabilidade brincando com um reborn.
  • Produção de conteúdo: Influenciadores usam os bebês reborn para criar vídeos e narrativas.

Bebês Reborn também viraram febre entre os famosos

De Gracyanne Barbosa a Padre Fábio de Melo, diversos famosos entraram na trend e estão “adotando” seus bebês. O cardeal afirma ter adotado uma versão com Síndrome de Down, durante uma visita à Maternidade de Bonecas da MacroBaby, em Orlando, na Flórida. Segundo ele, o reborn adquirido é em homenagem à sua mãe, vítima da Covid-19.

Reprodução
Fabio de Melo em suas redes

Já a ex-BBB afirma que foi motivada pelo desejo de ser mãe: "Como já disse anteriormente, meu sonho é ter um filho. Podem me julgar, no começo eu achei estranho. Mas Benício me trouxe felicidade. Te amo, Bê", escreveu em suas redes sociais.

Outras estrelas já haviam entrado na onda antes: Xuxa Meneghel, Nicole Bahls, Jojo Todynho e Sabrina Sato também compartilharam registros ao lado de seus “bebês”.

Onde comprar um bebê reborn no Brasil?

Se você ficou curioso e quer garantir o seu, o mais indicado é procurar artistas confiáveis e que já são especialistas no assunto. Mas se a sua busca é algo mais em conta e ainda assim participar desse universo, alguns sites podem te ajudar:

Lojas e plataformas online:

  • Elo7
  • Mercado Livre
  • Shopee
  • OLX (com cautela)

Dica importante: sempre verifique avaliações, feedbacks e peça vídeos do boneco real antes de comprar. Bebê reborn de qualidade não é barato, então evite ciladas.

Muito mais que uma boneca

O bebê reborn pode parecer só mais um boneco fofo à primeira vista, mas ele é uma mistura de arte, afeto, empatia e significados criados pelos interessados! É brinquedo, é ferramenta terapêutica, é item de coleção e agora também é tendência digital.


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