O peso do “sim” automático
Quantas vezes você aceitou um convite, topou uma tarefa ou engoliu um desconforto só pra evitar climão? Pois é. Muitas vezes, a gente cresce aprendendo que ser legal é dizer sim, ser flexível, ajudar todo mundo. Mas ninguém ensina que o excesso de “sim” pode acabar esvaziando a gente.
Esse piloto automático de agradar os outros vira um ciclo: você diz sim pra não decepcionar, pra ser querido, pra se sentir aceito. Só que, no processo, vai se distanciando do que você realmente quer e as vezes até de quem é, e aí, quando percebe, já tá cansado, frustrado e sem tempo nem pra respirar.
Dizer “não” é se priorizar
Falar “não” não é grosseria, é autocuidado. É olhar pra sua energia, seu tempo, sua saúde mental e escolher com consciência o que você quer ou pode fazer. Não é egoísmo, é limite.
A gente precisa normalizar o “não” como parte das relações saudáveis. Porque se todo sim que você dá vem com o peso do incômodo, da sobrecarga ou da vontade de sumir, tem alguma coisa errada.
A culpa bate, mas passa
Sim, às vezes dizer não vem com uma pontinha de culpa. A gente se pergunta se tá sendo frio, se vai magoar alguém, se tá exagerando. Mas a culpa é um reflexo do quanto a gente foi condicionado a se colocar por último. E adivinha? Ela passa.
Tenta pensar assim: se o seu “não” é sincero, respeitoso e necessário, ele é mais um ato de amor do que qualquer sim forçado.
Como aprender a negar sem se anular
Nem todo “não” precisa ser seco ou duro. Dá pra falar com gentileza e firmeza ao mesmo tempo. E algumas perguntas podem te ajudar antes de responder qualquer coisa:
- Eu realmente quero isso?
- Isso cabe na minha agenda/rotina/energia?
- Estou dizendo sim pra agradar ou porque faz sentido pra mim?
- O que eu perco se topar? O que eu ganho se recusar?
Se o seu “sim” vem com arrependimento, talvez a resposta certa seja “não” mesmo. E tudo bem.
Se colocar em primeiro lugar é coragem
Você não precisa ser disponível o tempo todo. O mundo não vai acabar se você recusar um convite, não ajudar num projeto ou não topar aquele favor. E, quem te respeita de verdade, vai entender.
No episódio de POV dessa semana, Luis Leite, Natã Nunes e Babi Bitencourt falam sobre esse desafio de falar "não" ao longo da vida.