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Como é feita a programação da Rádio Atlântida? 

Descubra como é feita a programação da rádio que é a melhor vibe do FM no Sul do país.

05/05/2025 - 16h06min

Atlântida
Reprodução/Internet

Quando falamos sobre escolher as músicas de uma programação de rádio, não estamos falando sobre gosto pessoal. E disso o Rafael (Rafinha) Menegazzo, coordenador de programação e produto da Rádio Atlântida, entende bem: ele é responsável pelo que toca na Atlântida há mais de dez anos.

Não é algo que eu penso em mim, eu não to fazendo rádio para mim, essa é grande sacada: tu não faz o programa para o teu grupo de whatsapp, para tua família e amigos, longe disso. Tu tem que pensar a rádio em uma maneira muito ampla.

RAFAEL MENEGAZZO

A trilha sonora da Atlântida pode parecer espontânea, mas é fruto de uma curadoria minuciosa de estilos musicais aliada à tecnologia.

Para garantir uma seleção que combine com o ritmo dos ouvintes e acompanhe as tendências, a rádio utiliza um sistema interno chamado PMUS (Programação Musical), que organiza e automatiza a grade musical.

Diariamente, o sistema gera um esqueleto da programação, sugerindo as faixas que devem entrar em cada horário e como elas se alternam entre hits nacionais, internacionais, novidades e clássicos.

Depois desse processo, o Rafinha faz o refinamento hora a hora, fechando as playlists de acordo com cada programa.

“Sempre de um dia para o outro esse programa me dá um “shufflezão” baseado em classes e perfis de programa e eu faço um pente fino para apresentar”, contou.

A primeira edição do Discorama, por exemplo, – que toca sons mais clássicos dos anos 60 até o início dos anos 2000 – acontece às seis da manhã, logo, o som precisa ser mais tranquilo.

Já a segunda edição do programa acontece ao meio-dia e a curadoria fica com o Alexandre Fetter, diretor artístico da Rádio, que a faz na hora, com hits mais agitados.

Assim como o Discorama, existem outros produtos na rádio que contam com a autonomia dos comunicadores quanto a seleção das músicas, como o MixTape, comandado pelo Nitro Di, o Balancinho Bom, com o Adams, o ATL DJ com o Gu Zanotto e o Play nas Brabas, com o Ariel B.

E se você pensa que a repetição das canções acontece apenas porque o apresentador gosta do som, está enganado e o Rafinha explica porque:

“Isso acontece porque, muitas vezes, a audiência adora um som e não sabe nem o nome da música. Então tu bates naquela música e isso não é nem tendência, é um comportamento de rádio mundo. A rádio que precisa ter performance, que busca audiência, vai repetir os grandes hits, vai trabalhar as músicas que o mundo trabalha”, explica.

Outro ponto importante para o fechamento da programação da Atlântida, é que em Porto Alegre tem um fator bem pontual: muitos artistas que, hoje são conhecidos nacionalmente, são daqui.

“A gente tem uma coisa pontual em POA que, assim, tem os artistas que saíram daqui e não tem como não tocar um Armandinho, um Vitor Kley, Reação em Cadeia, Comunidade, Papas, então a gente vai encaixando nos programas que a gente tem que tem a ver”, completa.

Apesar de parecer fácil e tranquilo criar “uma grande playlist” de música, organizar a programação de uma rádio não é tarefa fácil.



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