
Games, apostas esportivas, cassino online, mobile, consoles, RPGs. Nunca se jogou tanto. O universo dos jogos digitais está em alta e, para milhões de pessoas, faz parte da rotina de lazer e socialização. Mas, quando o entretenimento vira compulsão, acende-se o sinal vermelho: estamos falando do vício em jogo.
De passatempo a problema
O vício em jogo, também chamado de “jogo patológico” ou “gaming disorder”, é um transtorno reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2019. Ele acontece quando a pessoa perde o controle sobre o tempo gasto jogando, coloca os jogos acima de outras atividades essenciais — como estudar, trabalhar ou conviver com amigos e família — e continua jogando mesmo diante de consequências negativas.
Não é sobre jogar muito. É sobre quando você não consegue parar, mesmo que isso esteja afetando sua saúde mental, seus relacionamentos ou sua vida financeira.
A nova era dos jogos (e dos riscos)
Com a popularização dos jogos online e das apostas esportivas, os riscos aumentaram. Plataformas de cassino online, poker, roletas, slots e até jogos “pay-to-win” (onde o jogador gasta dinheiro para avançar mais rápido) têm conquistado um público jovem — e vulnerável.
Muitos apps de apostas e jogos mobile usam mecânicas viciantes, como recompensas aleatórias, notificações constantes e gráficos coloridos, parecidos com os usados em redes sociais. O objetivo? Prender sua atenção o máximo de tempo possível. Isso pode levar ao comportamento compulsivo e à busca constante pela próxima “recompensa”.
Sintomas do vício em jogo
Se liga em alguns sinais de alerta:
- Perda de interesse por outras atividades que antes davam prazer
- Irritabilidade ou ansiedade quando não pode jogar
- Negligência com obrigações (escola, trabalho, autocuidado)
- Mentiras sobre o tempo ou o dinheiro gasto jogando
- Tentativas frustradas de reduzir ou parar
Se você se identificou ou conhece alguém passando por isso, é importante falar sobre o assunto. Não é frescura. Vício em jogo é real e precisa ser tratado com apoio psicológico e, em alguns casos, acompanhamento médico.
Cuide da sua mente
Jogar pode (e deve) ser uma atividade divertida, criativa e social. Mas como tudo na vida, precisa de limites e equilíbrio. Se o jogo está te controlando — e não o contrário — é hora de parar, respirar e buscar ajuda.
Procure profissionais da saúde mental, converse com alguém de confiança e esteja atento aos sinais. Cuidar da cabeça é tão importante quanto cuidar do corpo.