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Atenção ao vício!

Vício em jogo: quando a diversão vira um problema sério

O crescimento dos jogos online e das apostas digitais acende o alerta para um distúrbio que afeta principalmente jovens.

25/05/2025 - 08h00min

Atlântida
PEXELS/Pexels.com
Comportamentos compulsivos e perda de controle são sinais do vício em jogo, um transtorno que precisa de atenção e apoio psicológico.

Games, apostas esportivas, cassino online, mobile, consoles, RPGs. Nunca se jogou tanto. O universo dos jogos digitais está em alta e, para milhões de pessoas, faz parte da rotina de lazer e socialização. Mas, quando o entretenimento vira compulsão, acende-se o sinal vermelho: estamos falando do vício em jogo.

De passatempo a problema

O vício em jogo, também chamado de “jogo patológico” ou “gaming disorder”, é um transtorno reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2019. Ele acontece quando a pessoa perde o controle sobre o tempo gasto jogando, coloca os jogos acima de outras atividades essenciais — como estudar, trabalhar ou conviver com amigos e família — e continua jogando mesmo diante de consequências negativas.

Não é sobre jogar muito. É sobre quando você não consegue parar, mesmo que isso esteja afetando sua saúde mental, seus relacionamentos ou sua vida financeira.

A nova era dos jogos (e dos riscos)

Com a popularização dos jogos online e das apostas esportivas, os riscos aumentaram. Plataformas de cassino online, poker, roletas, slots e até jogos “pay-to-win” (onde o jogador gasta dinheiro para avançar mais rápido) têm conquistado um público jovem — e vulnerável.

Muitos apps de apostas e jogos mobile usam mecânicas viciantes, como recompensas aleatórias, notificações constantes e gráficos coloridos, parecidos com os usados em redes sociais. O objetivo? Prender sua atenção o máximo de tempo possível. Isso pode levar ao comportamento compulsivo e à busca constante pela próxima “recompensa”.

Sintomas do vício em jogo

Se liga em alguns sinais de alerta:

  • Perda de interesse por outras atividades que antes davam prazer
  • Irritabilidade ou ansiedade quando não pode jogar
  • Negligência com obrigações (escola, trabalho, autocuidado)
  • Mentiras sobre o tempo ou o dinheiro gasto jogando
  • Tentativas frustradas de reduzir ou parar

Se você se identificou ou conhece alguém passando por isso, é importante falar sobre o assunto. Não é frescura. Vício em jogo é real e precisa ser tratado com apoio psicológico e, em alguns casos, acompanhamento médico.

Cuide da sua mente

Jogar pode (e deve) ser uma atividade divertida, criativa e social. Mas como tudo na vida, precisa de limites e equilíbrio. Se o jogo está te controlando — e não o contrário — é hora de parar, respirar e buscar ajuda.

Procure profissionais da saúde mental, converse com alguém de confiança e esteja atento aos sinais. Cuidar da cabeça é tão importante quanto cuidar do corpo.


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