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Criptomoedas: o que são e por que tanta gente está falando sobre isso?

Entenda como funcionam os ativos digitais que estão transformando o mercado financeiro

24/05/2025 - 06h00min

Atlântida
PEXELS/Pexels.com
As criptomoedas representam uma revolução no conceito de dinheiro, eliminando intermediários e oferecendo novas possibilidades de investimento.

Se você já ouviu falar em Bitcoin, Ethereum, NFT, blockchain ou até metaverso, provavelmente já entrou — mesmo que sem querer — no universo das criptomoedas. E se ainda não entendeu direito o que tudo isso significa, relaxa que a gente te explica!

O que são criptomoedas?

De forma simples, uma criptomoeda é um tipo de dinheiro 100% digital. Isso mesmo: sem papel, sem moedas de metal, sem banco central controlando. A ideia aqui é que a galera possa fazer transações financeiras online sem depender de intermediários, como bancos ou governos.

Quem explica bem isso é o economista Fernando Ulrich, autor do livro Bitcoin: A moeda na era digital. Ele compara o Bitcoin ao e-mail: "O que o e-mail fez com a informação, o Bitcoin fará com o dinheiro". Ou seja, assim como o e-mail tirou o correio do jogo, as criptos estão revolucionando o jeito que a gente lida com grana.

Como tudo começou?

Embora o Bitcoin tenha sido a primeira criptomoeda de sucesso, o conceito já existia antes dele. Em 1998, o cientista Wei Dai já falava sobre usar criptografia (sim, aquela ciência de códigos e segurança) para criar uma moeda digital sem depender de uma autoridade central.

Foi só em 2008, em meio a uma baita crise econômica global, que um programador (ou grupo de programadores) com o pseudônimo de Satoshi Nakamoto lançou o Bitcoin como conhecemos hoje.

Para que servem as criptomoedas?

Hoje em dia, as criptos têm várias utilidades, como:

  • Meio de troca – Dá pra usar algumas moedas digitais para comprar produtos e serviços.
  • Reserva de valor – Muita gente compra criptos para guardar dinheiro e proteger seu poder de compra.
  • Unidade de conta – Ainda em desenvolvimento, mas a ideia é que no futuro a gente possa precificar tudo em criptomoeda.

Mas atenção: o valor dessas moedas pode variar MUITO, então investir nelas ainda envolve riscos.

E como surgem essas moedas? O que é mineração?

Mineração, no mundo cripto, não tem nada a ver com picareta e capacete. É um processo digital de alta tecnologia em que computadores potentes validam e registram transações. Essas máquinas resolvem problemas matemáticos complexos e, como recompensa, os usuários recebem novas moedas. Isso tudo rola numa rede chamada blockchain, que funciona como um livro-caixa público, transparente e quase impossível de fraudar.

Com o tempo, a mineração vai ficando mais difícil, exatamente para controlar a criação das moedas. Isso é o que mantém o sistema seguro e limitado.

Por que o preço varia tanto?

A cotação das criptomoedas funciona basicamente pela lei da oferta e da demanda. Se muita gente quer comprar, o preço sobe. Se a galera começa a vender, o preço despenca. E como o mercado ainda é pequeno comparado ao financeiro tradicional, qualquer movimentação grande já causa impacto.

Em 2017, por exemplo, o Bitcoin saiu de US$ 4.370 para US$ 13.800 em apenas três meses. No ano seguinte, caiu pra US$ 3.500. Então, sim: é volátil pra caramba.

As principais criptomoedas do mercado

Hoje, existem milhares de criptomoedas por aí, mas algumas se destacam:

🟡 Bitcoin (BTC)

A pioneira e mais famosa. Foi criada para ser uma moeda global descentralizada e com oferta limitada: só vão existir 21 milhões de bitcoins no mundo. Ela é considerada o "ouro digital".

🟣 Ethereum (ETH)

Além de ser uma moeda, é uma plataforma que permite a criação de aplicativos descentralizados (os famosos DApps) e contratos inteligentes. Em 2022, a rede migrou para o sistema Proof-of-Stake, mais sustentável e eficiente que a mineração tradicional.

🟢 Tether (USDT)

É uma stablecoin, ou seja, tem o valor atrelado ao dólar. Cada Tether equivale a aproximadamente 1 dólar, o que reduz as oscilações e facilita transações entre criptos.

🟠 Bitcoin Cash (BCH)

Criado a partir do Bitcoin original, o BCH veio para melhorar a escalabilidade e reduzir taxas. Ele permite transações mais rápidas e baratas.

🔵 Ripple (XRP)

Mais usado por instituições financeiras, o Ripple permite transferências internacionais rápidas. Ele aceita não só criptomoedas como também moedas tradicionais, como dólar e euro.

⚪ Litecoin (LTC)

Considerado o "primo rápido do Bitcoin", o Litecoin foi criado com o objetivo de ser mais eficiente para o dia a dia, com maior velocidade nas transações e um total de até 84 milhões de moedas.

🟡 Solana (SOL)

Moderna, rápida e barata, a Solana caiu nas graças de desenvolvedores de apps descentralizados e NFTs. É uma das redes mais promissoras para o futuro da Web3.

Criptomoedas e o futuro

O que antes parecia coisa de nerd ou especulador de risco já é hoje uma realidade que movimenta trilhões de dólares. Bancos, governos e grandes empresas estão de olho (e já investindo pesado) nesse ecossistema.

Além disso, o universo das criptos se conecta com outras tendências como o metaverso, NFTs e a chamada Web3 – uma internet mais descentralizada, privada e baseada em blockchain.

Em resumo...


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As criptomoedas chegaram pra ficar e já estão moldando o futuro da grana, da tecnologia e da forma como nos conectamos no mundo digital. Mas lembre-se: com grandes poderes vêm grandes responsabilidades — então se for investir, estude, pesquise e vá com calma.


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