Nem todo relacionamento segue ou precisa seguir o “manual tradicional” de se relacionar. Com as transformações sociais, culturais e digitais dos últimos anos – e, diga-se de passagem, algo que sempre existiu -, surgiram muitas formas de se conectar com outra pessoa, seja para amar, para curtir ou simplesmente para viver uma experiência nova.
Por isso, existem diversos tipos de relacionamento, cada um com suas regras, acordos, liberdades e limites. Você pode escolher (ou construir) o tipo que mais faz sentido para e quem está ao seu lado nessa.
Se você já ouviu falar de poliamor, relacionamento aberto ou até “amizade colorida”, mas não sabe exatamente o que isso significa, ou se quer entender melhor as novas dinâmicas do amor moderno, chegou ao lugar certo. A ATL vai te dar uma mãozinha e explicar um pouco sobre essas dinâmicas.

1. Relacionamento monogâmico
O mais tradicional dos modelos, o relacionamento monogâmico é quando duas pessoas se comprometem exclusivamente uma com a outra, tanto emocional quanto sexualmente.
A ideia aqui é construir intimidade profunda e confiança mútua, mantendo o foco na parceria (mas precisamos reforçar, isso não significa que os outros tipos de relacionamento não tenham esses pilares).
Esse tipo de relação costuma oferecer estabilidade, segurança emocional e menos conflitos ligados ao ciúme, se o problema é a forma que seu parceiro (a) se relaciona além do namoro. Mas, como qualquer outro, exige muito diálogo, sinceridade e esforço contínuo dos dois lados.
2. Relacionamento aberto
Aqui, os parceiros continuam juntos emocionalmente, mas decidem abrir espaço para experiências sexuais e ou afetivas com outras pessoas. Tudo deve ser feito com consentimento e muita conversa.
Relacionamentos abertos promovem liberdade individual, autoconhecimento e menos repressão de desejos. Mas também exigem um alto nível de maturidade emocional, clareza de acordos e habilidade para lidar com ciúmes sem drama.
3. Relacionamento Ventilado
Uma mistura entre os “tipos” acima. Seria como um relacionamento fechado, que eventualmente, em acordo para as duas partes, é aberto para que uma terceira pessoa se relacione fisicamente com um ou ambos dos indivíduos do relacionamento em questão.
Apesar de proporcionar uma maior segurança quando a estabilidade de sua relação, é preciso muito diálogo e acordo das partes, além de muita confiança no parceiro (a).
4. Poliamor ou relacionamento não monogâmico
Diferente do relacionamento aberto, o poliamor ou relacionamento não monogâmico vai além do sexo: ele permite (ou incentiva) vários envolvimentos amorosos fixos ao mesmo tempo. Isso mesmo: mais de um relacionamento sério, com afeto e compromisso de verdade, mais de um namorado (a).
No poliamor, não existe um modelo fixo, pode ter um “relacionamento central” e outros secundários, ou vários com o mesmo peso. O segredo está na transparência, respeito e negociação entre todos os envolvidos.
5. Relacionamento casual
É o famoso "sem compromisso". Pode rolar sexo, afeto e até certo nível intimidade – desde que de acordo para todas as partes -, mas sem a expectativa de um relacionamento sério. É aquele rolo, contatinho, ficante fixo ou até mesmo encontros esporádicos.
O importante aqui é deixar tudo claro desde o início, para que ninguém crie expectativas desalinhadas.
6. Amigos com benefícios ou amizade colorida
Nesse tipo de relação, o sexo entra como um bônus dentro de uma amizade já existente. Diferente do casual com um estranho, aqui existe confiança, intimidade e uma conexão prévia, mas sem romance ou expectativa de namoro.
Apesar de ser um relacionamento focado exclusivamente no prazer físico, o diálogo e acordo entre as partes deve estar no mesmo ritmo. Responsabilidade afetiva é a chave nesse tipo de envolvimento.
7. Dominação e submissão
Relacionamentos de dominação e submissão envolvem uma troca de poder consensual, onde uma pessoa assume o papel dominante e a outra, o de submissa. Pode acontecer só na intimidade sexual ou fazer parte da rotina do casal.
As regras, limites e desejos são definidos em conjunto, com muita responsabilidade emocional e palavras de segurança para garantir bem-estar dos dois.
8. Relacionamento assexual
Assexualidade não significa ausência de afeto, mas sim ausência (ou baixa intensidade) de desejo sexual. Relacionamentos assexuais são focados em conexão emocional, carinho, parceria e intimidade não sexual.
O importante é que os parceiros conversem sobre limites, expectativas e formas de demonstrar afeto, seja com abraços, palavras, convivência ou gestos diários.
Já sabe qual é o tipo de relacionamento para você?
O mundo mudou, e o amor também. Hoje, cada pessoa pode criar suas próprias regras, desde que sejam justas, respeitosas e sinceras com o outro. Não existe certo ou errado quando o assunto é se conectar com alguém.
O que importa é estar num relacionamento que te faça bem, seja com uma pessoa, duas, muitas ou nenhuma.