Outro dia tava lendo matéria sobre crianças e paranormalidade.
Eram histórias sobre crianças que diziam ver espíritos, que ouviam vozes e, na maior parte das vezes, eram extremamente convincentes.
Aí lembrei de uma coisa…
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
Minha filha mais velha sempre teve umas coisas estranhas, uns sentimentos e umas falas que nunca consegui explicar.
Por exemplo, ela sempre teve, quando criança, um sentimento preciso sobre os meus sentimentos.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
Aconteceram vários casos dela me ligar logo depois de uma discussão, de uma briga ou chateação.
Como ela não morava comigo, a gente sempre se falou muito por telefone.
Então era batata: alguma coisa me acontecia, dava uns cinco minutos alguém ligava e era ela, querendo falar.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
– Papai, tá tudo bem?
Mas ela já sabia que nada estava bem, ela sempre sabia, e até nem parece tão assustador, mas aí a coisa começou a complicar…
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
Quando fomos ao hospital, fomos só eu, ela e minha sogra, e não houve necessidade de falar a mais ninguém.
Aí nasceu a Maria.
Bela noite, ela tinha uns 3 anos, fomos visitar uns amigos. No meio da brincadeira ela me abraçou do nada e pediu para dar uma volta.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
– E no que você acredita, pai?
– Eu acredito que a gente vira natureza, filha…
– Mas a minha irmã disse que não, que a gente continua criançasEu ➡️😳😳
– que irmã, filha?
– aquela que morreu antes deu nascer…— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
Obviamente fizemos uma grande investigação pra saber quem tinha contado aquilo pra Maria e, mais estranho, todo mundo jurava que não tinha falado. As poucas pessoas que sabiam disseram que jamais teriam aquela conversa com a criança, muito menos inventariam a história da visita.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
Sempre estivemos muito junto, eu e ela, não importavam as condições da vida. Da mesma forma, meus pais e meus irmãos sempre tiveram convivência muito forte com ela.
Um dia, Maria estava com meus pais e minha irmã, voltando de algum lugar, acho que da UFPA.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
E aí, de noite, passando de carro na frente do cemitério de Santa Izabel, Maria se vira para minha mãe e diz:
– Vovó, eu conheço esse lugar.
Ela devia ter uns 4 anos na época, se muito, e bastou essa frase pra todo mundo se pelar de medo.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
Minha mãe conta que foi a maior gritaria no carro.
Meu pai quase bateu, do mini infarto que teve, minha mãe deu um grito e minha irmã se benzeu.
– Maria, que história é essa!? Quem te falou isso?
– Ninguém me falou. Aconteceu, eu ficava aí.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
Virou história de família. Até hoje a gente lembra dessa parada e se entreolha nas festas familiares. A gente meio que tira sarro da Maria, brinca com ela, mas também respeita pacas a situação.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
…vez por outra, no meio da noite, ela ainda vem bater aqui no meu quarto e me pergunta:
– Que foi, papai?
– Que foi o que, Maria?
– Você tava batendo na porta do meu quarto!
– Não estava.
– Tava sim, até me chamou.
– Não fui, filha. Juro. E nem te chamei.
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
Sai fora, Maria!!! Ainda posso te mandar pra adoção. pic.twitter.com/cE2k6QlaaS
— TANTO (@tantotupiassu) 27 de junho de 2019
COMENTÁRIOS
Ao enviar seu comentário você automaticamente concede AUTORIZAÇÃO para utilizar, reproduzir e publicar sua imagem e comentário, incluindo o conteúdo das suas declarações e opiniões, através de qualquer meio ou formato, em veículos de comunicação integrantes do GRUPO RBS.