Os colombianos estão dizendo que a história é digna de Gabriel García Márquez: um grupo de 147 soldados da Colômbia acha um par de botas com US$ 15,3 milhões, no meio da selva, a Sexta-Feira Santa de 2003. Pouco mais de três anos depois, estão todos enrascados na vida, como se a tal fortuna fosse amaldiçoada.
A história é de verdade e 53 desses militares compareceram esta semana à Justiça Penal Militar e outros 94 estão foragidos. Um deles escapou de ser processado por ter trocado de sexo – operação paga com o dinheiro achado na floresta, quando um dos soldados foi “aliviar os intestinos”.Do valor milionário, somente US$ 551 mil foram recuperados, e os acusados não acreditam ter cometido nenhum delito. O rolo todo foi descoberto quando, depois de encontrarem o dinheiro durante uma busca a três norte-americanos seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), os soldados participaram de uma orgia e gastaram milhares de dólares na cidade de Popayán, a 370 quilômetros de Bogotá, de acordo com a agência AP.O soldado Wilson Alexander Sandoval, o c**ão, literalmente, que achou o dinheiro, já sofreu três atentados contra sua vida, e jura que não pegou dinheiro nenhum. John Jairo Vivas, outro acusado, diz que até como catador de lixo teve de trabalhar, de tão pobre que está.A Justiça Militar processou os soldados alegando que, como estavam em missão oficial, as botas – e o dinheiro que havia nelas, deviam ter sido entregues ao governo.E a história foi mesmo parar no cinema, ou pelo menos parte dela. A partir de agosto, estréia nas telas colombianos o longa Sonhar não custa nada, que gira em torno de uma prostituta que ganhou US$ 3,6 mil dólares por uma noite com um dos soldados “sortudos”.Postado por Sabrina d`Aquino
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