Ah, o famoso CoDzinho. A popularidade da franquia é inegável. Em algum momento, todos nós já fomos pegos pela febre que é Call Of Duty. O meu “xodó” até aqui sempre foi o Modern Warfare 3, famoso MW3. Eu gosto da maneira como o online daquele jogo te recompensava por jogar do teu jeito, liberando skins para as armas que tu mais usa, te permitindo escolher algo para “manter” a cada reset (prestígio), e por aí vai. De lá pra cá tivemos mais sete jogos, cada um com suar particularidades e, enfim, temos em mãos o novo Call Of Duty: Black Ops 4.

O novo jogo já está disponível para PC, Xbox One e PS4 e uma coisa é certa: essa é uma entrada ousada da franquia. Antes de qualquer coisa, é importante notar que este jogo não possui modo história. Uma mudança inesperada, com certeza, mas uma mudança que pode ser boa caso signifique foco num multiplayer de maior qualidade. Aí fica a pergunta: o jogo entrega essa qualidade?

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Black Ops 4 conta com três principais modalidades: multiplayer tradicional (com diversos modos dentro, como mata-mata em equipe, dominação e por aí vai), um novo modo Battle Royale (entraremos em mais detalhes sobre ele) e o clássico modo de zumbis.

O multiplayer tradicional está realmente gostoso de jogar. A progressão é natural, você vai conhecendo os agentes, mapas e armas aos poucos e adaptando o jogo ao seu estilo de gameplay e a personalização é muito variada. Realmente gostei, me lembrou coisas boas do passado da série. Olha que eu nem cheguei na parte mais legal! A quantidade de modos é extremamente satisfatória. Tem um pouco para todo mundo. Modos para quem simplesmente quer acertar um tiro ou outro, modos para quem quer ser o melhor da sala, modos para quem quer trabalhar em equipe completando objetivos e um modo muito interessante chamado Assault que pode tranquilamente se transformar em E-sport. Assault é um modo de 5×5 em que cada time precisa pegar o dinheiro em um ponto do mapa e levar até o ponto de retirada antes do outro time. No meio da bagunça você precisa administrar dinheiro, tempo e se comunicar com a equipe para combinar a estratégia do que vem por aí. Gostei muito de jogar um jogo com o ritmo rápido de Call Of Duty com uma estratégia mais calculada, abre uma dinâmica muito interessante, principalmente se você joga usando chat de voz com seus amigos(as).

Vamos agora falar da grande novidade desse ano: Battle Royale! Antes de tudo, deixa eu justificar o porquê de este review ter demorado uma semana para sair! Assim que o jogo foi lançado, o modo estava com problemas e levava quase meia hora para começar uma partida deste modo. Então, eu esperei o Patch que a Activision disse que viria para dar uma jogada no modo e não deixar um problema técnico afetar o que eu penso sobre o jogo. Que bom que foi assim, já que no final das contas o modo é muito legal. Depois das febres de PUBG e Fortnite basicamente todos (e suas avós) sabem o que Battle Royale significa. Muitas pessoas caem no mesmo mapa e precisam brigar entre si até que só sobre uma pessoa ou equipe.

Acontece que, mesmo seguindo a “fórmula” dos Battle Royale, o modo Blackout consegue trazer algumas inovações legais para a mesa. Por exemplo, ao invés de cair e pegar só armas e itens de saúde, o modo Blackout te possibilita pegar os famosos Perks da franquia, vantagens como não cansar correndo ou fazer menos barulho abaixado e assim por diante. Não só é interessante de jogar, como é interessante de assistir. Definitivamente uma adição interessante que, ao ver de muitos players, que quase compensa pela saída do modo história. Aqui vai um trailer do modo:

Por fim, temos um modo já histórico da franquia: Zumbis. Desta vez, porém, temos uma diversidade enorme de submodos, fazendo a felicidade de muita gente que curte essa onda de juntar um grupo para jogar contra a máquina. Modos inéditos, como o IX, chamam muita atenção dentro de Zumbis. Dentro desse modo, temos até algumas histórias para quem gosta de uma narrativa. No modo IX, você para até dentro de uma espécie de coliseu, só que ao invés de leões famintos são… né… zumbis. Muito divertido e pode ser jogado sozinho, mesmo que com amigos seja muito mais divertido e caótico.

Uma das coisas mais legais sem dúvida é o Mercado Negro. O mercado negro é um sistema de recompensas que te influencia a jogar os modos MP e Blackout para conseguir novas recompensas para suas classes. Essas recompensas podem ser trajes, aparências para armas, grafites, emotes e por aí vai. É um sistema que te encoraja a dar aquela jogadinha diária. Muito, mas muito legal mesmo!

# Algumas observações breves:
O jogo nos foi cedido pela Activision para review (<3) na plataforma PS4.
Usamos o PS4 modelo slim e o jogo rodou extremamente bem. Houve dois casos em que o jogo se fechou repentinamente, mas foi antes até do primeiro patch. Depois da primeira atualização isso nunca mais ocorreu.
A atualização resolveu o que era meu único grande problema com o jogo: filas para achar partidas. Antes da atualização você podia demorar cerca de dez minutos ou mais para achar uma partida casual, e muito mais do que isso para encontrar uma de Blackout (modo battle royale). Depois da atualização, você passa a encontrar partidas de forma extremamente rápida.

No final das contas, principalmente pós atualização, Black Ops 4 é um jogo divertido, com ritmo acelerado, personalização vasta, diversos modos e um charme que lembra os CoDs mais antigos, como MW2, MW3 e BO2. O jogo tem potencial forte para ser um multiplayer marcante tanto casualmente quanto em relação aos E-sports. Ele ganha uma nota 9.0 aqui do Infosfera, e essa nota só não é um 10 pelo fato de que o jogo abre mão do modo campanha, que mesmo não sendo super necessário, faz uma faltinha para quem quer aquela experiência single player mais aprofundada. Mesmo assim, é um multiplayer que com certeza te prende por horas, e te prende do seu jeito.