Hoje, dia 28 de junho comemoramos o dia do Orgulho LGBT+ e por isso, resolvemos elencar alguns livros com essa temática.

Cada vez mais vemos obras famosas com temas que abordam a diversidade. Melhor ainda, essas obras não relegam a seus personagens apenas papéis secundários, degradantes ou caricatos. Além disso, também deixam de ser conteúdo apenas eróticos e passam a abordar temas como fantasia, drama ou romances, onde os protagonistas são gays, lésbicas ou transexuais.

Permitindo com que os leitores possam se identificar com personagens que beijam, se apaixonam ou se decepcionam com outros garotos e garotas.

Neste mês da visibilidade LGBT+, vamos apresentar livros de fantasia, terror, aventura e claro, romance.

Confira abaixo, 10 livros para celebrar esse dia histórico:

#1 Carry On: Ascensão e Queda de Simon Snow – Fantasia:

Simon Snow é um bruxo que estuda numa escola de magia na Inglaterra. Profecias dizem que ele é o Escolhido. Você pode até estar pensando que já conhece uma história parecida. O que você não sabe é que Simon Snow é o pior escolhido que alguém já escolheu. Poderosíssimo, mas desastroso a ponto de não conseguir controlar sequer sua própria varinha, Simon está tendo um ano difícil na Escola de Magia de Watford. Seu mentor o evita, sua namorada termina com ele e uma entidade sinistra ronda por aí usando seu rosto. Para piorar, seu antagonista e colega de quarto, Baz, está desaparecido, provavelmente maquinando algum plano insano a fim de derrotá-lo.
“Carry On” é uma história de fantasma, de amor e de mistério. Tem todos os beijos e diálogos que se pode esperar de uma história de Rainbow Rowell, mas com muito, muito mais monstros.

#2 As Crônicas de Gelo e Fogo – Fantasia:

A série não tem somente um personagem LGBT+, tem vários e possivelmente mais estão por vir, afinal temos uma população inteira, naquele mundo, que trata de maneira completamente normal e igualitária qualquer orientação sexual e gênero: Dorne.

Separada do resto do continente por desertos e cadeias montanhosas, foi o único dos sete reinos que não se curvou aos Targaryen (pelo menos não à força) e muito menos à King’s Landing. Temos, nessa localidade, alguns personagens LGBTQ+ como, Oberyn Martell e Ellaria Sand, um casal e ambos bissexuais, além de sua filha, Nymeria Sand, também bissexual. Também existe as gêmeas Fowler, caso amoroso de Nymeria.

Essa diversidade em Dorne não impede de existir personagens desse grupo de outros lugares, como o casal extremamente apaixonado Sor Loras Tyrell e Renly Baratheon e Asha Greyjoy, nossa representante lésbica do grupo, além de Doces, escravo de Yunkai dos países livres, personagem intersexual.

Os livros são bem sutis em relação a isso e Martin explicou em uma entrevista que seria porque os personagens que narram os capítulos não são LGBT+, coisa que a série da HBO colocou várias vezes.

#3 A Roda do Tempo – Fantasia:

Aqui nós temos LGBT+ pra todo o lado. Existe até um termo pras lésbicas do mundo. Elas são chamadas de “Amigas de travesseiro” e casualmente um ou outro personagem é dito como “preferir homens a mulheres”. Claro que tudo é muito sutil e as lésbicas são tratadas como uma “fase” que certas meninas passam (mas que algumas continuam na vida adulta), mas pra um senhor de quase 60 anos, o autor Robert Jordan tratou o assunto da melhor maneira que conseguiu e deixou tudo como algo casual que não é grande coisa naquele universo.

#4 Instrumentos Mortais – Fantasia:

Magnus, um dos personagens principais da série de livros Instrumentos Mortais, é um feiticeiro que tem quase 400 anos e é bissexual. Durante os livros da série, percebe-se claramente o seu interesse por Alec, o mais velho dos Caçadores das Sombras, uma raça secreta de humanos nascidos com sangue angelical. Seu romance, no entanto, demora a aflorar, pois Alec tem problemas para assumir sua homossexualidade.

#5 Simon vs. Homo Sapiens – Romance:

Simon é um garoto gay que está no ensino médio e que nunca “saiu do armário” para sua família nem para seus amigos. Ele nunca conversou com alguém sobre o assunto, até que ele vê uma publicação anônima em um site de fofoca da sua escola de um garoto dizendo que é gay e como se sentia em relação a isso. Na mesma hora Simon cria uma conta fake e manda um e-mail para Blue (o garoto da publicação anônima) e é assim que eles começam a conversar e, com o tempo, a gostar um do outro mesmo sem saber quem eles de fato são (eles só sabem que são da mesma escola e que ambos são gays).

#6 Will & Will. Um Nome, Um Destino – Romance:

O destino une, em uma esquina de Chicago, dois jovens com o mesmo nome: Will Grayson. Um deles tem amizade com Tiny um homossexual assumido e bem resolvido, já o outro busca coragem para contar à família que é gay.

Os dois rapaz passam a viver uma verdadeira aventura juntos e uma nova amizade surge e, nesse período, Tiny se torna um possível amor para Will – obviamente o que é homossexual.

#7 Harry Potter (a saga) – Fantasia:

Sim! A saga “Harry Potter” entra na nossa lista. Quem é curioso o bastante, já ouviu falar que J. K. Rowling afirmou em entrevista que Dumbledore era gay, e teve um “caso” amoroso com Grindelwald na juventude, até que Grindelwald foi para o lado negro da força e Dumbledore teve que derrotá-lo e o mandar para Azkaban.

Em nenhum dos livros da saga, aparece esse outro lado da relação dos dois bruxos, mas além da declaração de J. K. Rowling sobre a orientação do diretor de Hogwarts, ela também respondeu alguns tweets sobre o assunto:

Alguns fãs da série não gostaram da revelação, mas Rowling argumentou:

Segundo a “BBC”, Rowling contou ao público que enquanto trabalhava no projeto do sexto filme da série, “Harry Potter e o Príncipe Mestiço”, viu que o roteiro mencionava o interesse de Dumbledore por uma moça. Então, a escritora decidiu então esclarecer as coisas e informou ao diretor do filme, David Yates, da condição gay do personagem.

#8 It: A Coisa – Terror:

Em 1958, durante as férias, Bill, Richie, Ben, Eddie, Stan, Mike e Beverly enfrentaram pela primeira vez, A Coisa. Um ser sobrenatural e maligno que se alimenta durante séculos de crianças, sempre se disfarçando em uma figura amigável de um palhaço. Porém, em 1985, quase 30 anos após o primeiro encontro, a Coisa retorna à cidade de Derry, e o grupo terá de se juntar para derrotá-la mais uma vez devido à um juramento que fizeram no passado.

Eddie é o primeiro membro (além de Bill) do que mais tarde se tornaria o Losers Club, e ele tem uma adoração intensa por Bill e o vê como uma figura paterna ou fraterna. Eddie também tem um relacionamento íntimo com Richie, e muitas vezes o provoca carinhosamente.

#9 As Vantagens De Ser Invisível – Romance:

Na trama, Charlie é um rapaz muito tímido e que sofre de alguns problemas psíquicos: costuma ter alucinações, especialmente com sua tia, e às vezes “apaga”, sem lembrar o que aconteceu. Mas inicialmente o filme só nos apresenta a um rapaz tímido, desses que tem vergonha de levantar a mão na sala de aula, mesmo quando sabe a resposta certa de uma pergunta que o professor faz e ninguém mais sabe responder. Aliás, como se já não bastasse, o livro ainda mostra uma comovente relação entre professor e aluno.

As coisas mudam quando ele conhece o extrovertido e brincalhão Patrick e sua meia-irmã, a bela Sam. A amizade dos dois para com ele representa muito. Eventualmente, Patrick acaba lhe confessando que é gay, mas nem por isso deixa de ter a amizade de Charlie. Muito pelo contrário: uma cena em que Charlie defende Patrick é justamente uma das mais emocionantes da obra.

#10 A Garota Dinamarquesa – Romance:

Einar Wagener, casado com a também artista Gerga Wagener que, após posar com um vestido para a esposa finalizar um quadro, acaba percebendo que sempre fora uma mulher, ainda que tivesse nascido e vivido até então como homem.

A contextualização do tempo torna-se importante: o caso de Elbe se passou nas décadas de 1920 e 1930, o que por si só já a torna um ícone de seu tempo: corajosa, visionária, quebrou a lógica teocêntrica “do que Deus nos deu” e busca aprimorar aquilo que sempre fora: ele, Einar, sempre fora Lili.

“Deus me fez uma mulher. O médico está apenas me curando da minha doença, que era o meu disfarce.”