Já aconteceu de você ter antipatia por uma pessoa em um primeiro momento e depois de um tempo mudar de ideia? Ou de se apegar com alguém apenas baseado em uma aparência e manter ela para sempre?
Mas às vezes algumas pessoas mostram coisas suas que estão além desta impressão imediata. Nos mostram seus medos, dramas, tristezas e sonhos. E nossas relações evoluem com esta pessoa depois que ela se abre contigo e te conta um segredo.
Pois é. Isto são camadas.
Alguns personagens da ficção nos mostram essas histórias pessoais, e tendemos a nos apegar com personagens que nos mostram isso. Ao sermos apresentados a uma nova camada de um ser, nos sentimos especiais.
É difícil não sentir uma simpatia pelo Magneto (X-Men) quando descobrimos que ele não é só um cara mau. Ao sermos apresentados ao que ele passou, penetramos em uma camada mais profunda. Mas quando somos apresentados à sua lembrança mais feliz (X-Men First Class), aquele cara vira nosso amigo.
Quanto mais conhecemos camadas de um personagem, mais ele se torna significativo.
E os diretores de cinema exploram muito isso. Vejam a diferença entre Ronan e o Thanos (Marvel). Não conheço ninguém que se apegou com o Ronan. Agora, com o Thanos, quando teve que abrir mão do que ele mais amava (em Vingadores: Guerra Infinita), foi diferente.
Personagens memoráveis nos mostram camadas. Muitas. E nas séries, há mais tempo disto ser explorado. Existe tempo para aquelas cenas de diálogo despropositadas, mas que no fundo mostram um pouco mais do íntimo de personagens.
E o segredo é aprofundar a cada minuto. Mostrar sempre algo novo ao público. Conhecemos tantas camadas do Walter White (Braking Bad) ao longo das cinco temporadas que ele já é quase nosso amigo (ou inimigo) íntimo.
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