Vamos começar pela seguinte orientação: pegue tudo que você acha que vai acontecer, pegue todas as apostas, os possíveis e prováveis spoilers e esqueça. Vá preparado pra TUDO.

Vamos aos fatos: é difícil não gostar de um crossover. Ainda mais um que mistura todos os nossos heróis favoritos em um filme só em uma missão de salvar não só a terra como o universo inteiro. A premissa anima qualquer um. O problema é que as pessoas esquecem de olhar o título. Guerra infinita. Por mais bonitinho que possa soar, guerra é guerra, nesse mundo ou no mundo da fantasia portanto estejam preparados pra passar pelas mesmas angústias de Rogue One e da nova saga de Star Wars.

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O filme já começa com uma cena foda de tortura e a primeira morte (sim, é mais de uma) é nos 5 primeiros minutos de filme o que mostra que  pra quem achou, como eu, que seria um Vingadores Light estilo Disney, a coisa tá mais pra Game Of Thrones.
Resumindo, o filme começa com aquele “AGORA A PORRA FICOU SÉRIA”. Pra quem se apega aos personagens, prepare-se pra sair do cinema completamente SEM REAÇÃO.

Marvel Studios' AVENGERS: INFINITY WAR..L to R: Spider-Man/Peter Parker (Tom Holland), Iron Man/Tony Stark (Robert Downey Jr.), Drax (Dave Bautista), Star-Lord/Peter Quill (Chris Pratt) and Mantis (Pom Klementieff)..Photo: Film Frame..©Marvel Studios 2018

Pra começar, Thanos não é o que eu esperava. Ele é pior. Eu imaginava ele como um Deus, uma figura distante, completamente fria mas durante o filme, percebi que ele tem bastante humanidade dentro dele o que faz QUASE com que a gente goste dele, de certa forma, mesmo torcendo pelos Avengers.
Apesar do início TENSO do filme, a primeira metade é bem descontraída e engraçada e nesse aspecto eu devo dizer que ele é top 3 de filmes da Marvel mais engraçados (pro meu gosto). Não é um humor tão pastelão e idiota é bem mais ácido e inteligente. Na primeira metade do filme, o Thanos já consegue de cara 3 das joias.
Confesso que de início pensei que tava fácil demais (e, de fato, estava). Da metade pro fim continua fácil, mas pra gente vai ficando mais difícil. Da metade pro fim o filme ganha o aspecto de guerra mesmo. Os personagens ganham outro aspecto e os heróis sofrem uma espécie de transformação e daí surge a parte heroica mesmo: o sacrifício. Essa é a parte mais marcante do filme, pra mim. Fala sobre guerra na essência da guerra. O pensar na maioria. O abdicar.  Foi o filme que deu aos heróis a cara que eles merecem. FINALMENTE o Thor foi o heróizão da porra que ele merecia ser desde o primeiro filme.
Também gostei muito do papel que o Capitão América desenvolve do meio pro fim e eu que nem era fã de Capitão confesso que ele ganhou meu coração (frio-invernal) nesse filme.
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Quanto ao Universo Marvel, é impressionante a inteligência dos roteiristas em ‘untar’, unir e conseguir fazer essa conexão entre os universos e heróis, é semelhante a inteligência do universo de Harry Potter ou do Senhor dos Anéis, e não é ironia. Todas as coisas conversam desde o Homem de Ferro em 2008 até o Guerra Infinita. A cena pós credito abre as portas para o próximo vingadores e eu tenho certeza de que vai ser FODA.
Mesmo se eu fizesse um review com spoilers seria impossível descrever o final do filme, me lembrou um pouco a cena final do Harry Potter e as Relíquias da Morte parte I. Aquela sensação de inacabado. De vazio existencial pós filme. Só posso dizer uma coisa sobre Guerra Infinita: VOCÊ PRECISA VER.
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