Chegou o verão! E verão lembra sol, praia, e retrospectiva!

Isso mesmo queridos infosféricos, preparem os dedos para os comentários, críticas (e, por que não, elogios) pois chegou a hora do prêmio Infosfera de melhores gadgets, aparelhos, traquitanas, ou quaisquer outros itens que façam a cabeça de nós, nerds. A regra é clara: tem que ser teco, e ter sido lançado em 2017, não importando se está disponível no Brasil, no Japão, ou na Islândia. Pode ser que até o dia 31 algo revolucionário seja lançado? Pode ser, mas achamos pouco provável.

Com vocês, o top 10 do mundo tech neste fatídico ano de 2017:

10. Logitech G502 Proteus Core

Mouse ou central de comando da Nasa? O (re)lançamento 2017 dessa gigante dos periféricos mexeu com marcas mais queridinhas dos gamers, como Razer e Alienware. O diferencial desse mouse vai além da excelente qualidade de construção, está na personalização. O software que acompanha o Proteus permite não só configurar funções para cada um de seus 9 botões dedicados, como criar perfis para vários jogos diferentes! Ou seja, basta abrir o programa e escolher entre os perfis antes de jogar DOTA, LoL ou quaisquer outros jogos que você tenha no seu repertório.

As principais características do modelo são: resolução de 12.000 DPI, ajuste de peso para aqueles que gostam de mais resistência ao movimento, velocidade de resposta de 1 milissegundo e 3 leds indicadores da personalização dos DPI. Sem dúvidas um sonho gamer para todos os amantes da plataforma PC.

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9. Apple TV 4K

Chegando à sua 4a geração em 2017, a Apple tv nos brinda com uma série de melhorias para não só bater de frente com a concorrência, mas estar alinhada à geração de conteúdo, cada vez mais sedenta por pixels e qualidade de imagem impecável. Além de suportar a resolução nativa de 2160p, vem com o recurso HDR implantado, mostrando imagens mais nítidas e vívidas em tvs que suportam a tecnologia. Outro destaque vai para o cuidado que a Apple teve com o processamento. Dotada de um chip A8 na geração anterior, a versão mais atual da caixinha trabalha com o A10x Fusion, o mesmo dos iPad Pro mais atuais, garantindo uma navegação mais fluida e desempenho livre de engasgos. A Apple no entanto, retirou uma porta USB-C, deixando somente uma entrada HDMI e uma Gigabit Ethernet, além do cabo de força. Incluindo “djá” na minha lista de pedidos ao bom velhinho.

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8. Echo (Amazon)

Muito se ouve falar da IOT, ou, simplesmente, Internet das Coisas, sem muitos exemplos práticos do que isso pode vir a representar. Acontece que a segunda geração do Echo, assistente de voz que responde à “Alexa”, interface de tecnologia da Amazon, parece ter saído de um episódio dos Jetsons. O grande salto da primeira para a segunda geração é a capacidade responsiva.

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Ativado por voz, não necessita de um celular por perto para funcionar. Basta escolher a sua palavra de ordem personalizável, seguida do comando, que será executado. O Echo interpreta desde pedidos para tocar música, até uma encomenda de pizza, sem dificuldades. Estamos falando obviamente da realidade do mercado americano, mas que pode ser utilizado no Brasil para as funções mais simples (caso a sua pronúncia em inglês seja aceitável). Até o fechamento desse post a Amazon brasileira não havia estipulado uma data para o lançamento da assistente pessoal na língua tupiniquim, mas acreditamos que existam outros entraves, como integração com os serviços e até mesmo nossa infraestrutura precária de internet.

7. Note 8

Após virar motivo de piada e ter seu embarque proibido em voos do mundo inteiro, a Samsung contra ataca com a atualização de seu modelo topo-de-linha. Com tela Super AMOLED de 6.3″ e proporção 18,5:9 (algo como o 2.35:1 usado em alguns filmes tal qual “O Senhor dos Anéis”) a tela impressiona. A tecnologia OLED permite algumas coisas legais com o o recurso “always on” que mantém acesos somente os pixels necessários para mostrar data, hora e notificações, com gasto de energia quase nulo. A bateria aliás, possui 200 mha a menos que o irmão menor S8+, mas garante um telefone vivo ao longo de todo um dia. A S Pen, integrada ao corpo do smartphone, garante boa interatividade e permite desenhar diretamente na tela.

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Mas os recursos não param por aí. Com impressionantes 6gb de RAM roda o Android 8.1 de forma bastante fluida, com ressalva para a mania (inconveniente) da Samsung de carregar seu skin do Android com aplicativos proprietários. Além disso, possui capacidade para dois chips, slot para cartão de memória até 256gb, certificação IPS7 (resistente à água e poeira) e nada menos que 3 (três) formas de autenticação biométrica: leitor de impressão digital, scanner de íris e reconhecimento facial. Das três, a digital continua sendo a mais confiável, mas é sempre bom contar com outras opções. A câmera traseira conta com bons 12 megapixel e ótima abertura F 1.7. O porém fica para a captura de vídeos, que, apesar de suportar 4k, chega apenas aos 30 fps. Com certeza um ótimo topo-de- linha Android, encontrado por exemplo, pela metade do valor do iPhone X.

6. Sony 7SII

A presença dessa pequena câmera (somente no tamanho) aqui pode incomodar alguns puristas – incluindo este que vos escreve – já que no mundo das câmeras de alto desempenho estamos acostumados a ver Canon, Nikon, e mais para terras estrangeiras, marcas tradicionais como Leica e Panasonic. A Sony dominou os anos 2000 com as compactas Cybershot, mas enfrentou muita resistência no mercado profissional com sua linha Alpha, em parte pelo uso proprietário do Memory Stick em um mundo dominado pelo SD e pelo Compact Flash. Até agora.

Estamos cansados de ler notícias sobre a demanda crescente e sem volta por vídeos, cada vez em maior quantidade e principalmente qualidade. TVs 4K já não eram novidade, mas agora os conteúdos estão começando a chegar, e é justamente aí que a 7S de destaca. Mais compacta e versátil que as concorrentes 5D Mark III e Black Magic, e muito mais acessível que as câmeras RED, o novo xodó dos vídeomakers oferece ajustes finos e um sensor poderoso para gerar imagens cristalinas e de alta taxa de transferência, além de ajuste dinâmico de foco e ISO, de altíssima sensibilidade. O anúncio do codec H.265 pela Apple e a produção em maior volume de conteúdos em 4K ajudaram a colocar a Sony como um dos destaques dessa lista.

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5. LG Signature OLED 77W

Parece estranho uma simples tv ter entrado na lista, com a ressalva de que essa não é apenas isso: é um dos sonhos nerd se transformando em realidade. Apresentado na CES, uma das maiores feiras de consumo de eletrônicos do mundo, a Signature OLED é talvez, hoje, o mais próximo que temos até agora de telas flexíveis. Acompanhando a tendência de algumas telas OLED atuais, no painel não há espaço para conexões. Existe uma conexão fibra ótica praticamente invisível que liga a um dispositivo que mistura soundbar, central multimídia e receiver. Tudo é conectado ali, e o resultado é mágico. É como se uma parte da sua parede tivesse adquirido vida. A LG 77W (como o nome já diz, com 77 polegadas) é o primeiro passo para um futuro próximo onde as telas serão, talvez, dobráveis e certamente maiores, mais nítidas e com resoluções absurdas. Onde eu assino o cheque?

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4. Google Pixel 2 XL

Já tem algum tempo desde que o Google (ou seria Alphabet?) decidiu fabricar seu próprio hardware, gerando a tão falada integração hardware-software que, segundo alguns, é o segredo da fluidez do iOS nos dispositivos da maçã. Eis que em 2017 ano a gigante da tecnologia apresentou ao mundo a segunda geração de seu flagship, o Pixel. Baseados no chamado Android “puro”, isto é, com o mínimo de intervenções e aplicativos proprietários por conta da fabricante, foi apresentado em dois modelos: Pixel e Pixel XL;

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O “escolhido” aqui foi o irmão maior. As especificações técnicas não possuem diferença gritante, mas vamos falar do que realmente mexe com os nossos corações e bolsos: o design. Com tela 6″ AMOLED com resolução de 2880×1440 pixel e densidade de 551 ppi – para efeito comparativo o iPhone X possui 458 ppi – o XL segue a tendência que veio mais forte com o Xiaomi Mi Mix, e ficou consolidada no Galaxy S8 e iPhone X, o “bezel-less” ou “sem borda” em tradução rápida. Além disso, apresenta a versão mais atual do sistema, o 8.0, caixas de som estéreo frontais que garantem uma boa reprodução sem fones de ouvido, além de vir com a versão 8.0 do Android, Oreo. Possui ainda um recurso chamado “Now Playing”, que “escuta” as músicas que estão tocando no ambiente e as encontra de forma proativa. E tem gente que ainda diz que a história dos celulares escutarem nossas conversas é teoria da conspiração…

3. Iphone X

Se este não foi o gadget mais aguardado do ano, certamente foi o mais comentado. O mais controverso dos aparelhos da Apple na era pós-iPhone dividiu legiões. A diferença é que dessa vez, até mesmo os fãs mais ardorosos da marca ficaram com o pé atrás. O motivo? Além do preço – muitíssimo alto até mesmo para os padrões norte-americanos e europeus – uma série de características consideradas “questionáveis” pelos especialistas, como o FaceID, o “nicho” no topo da tela, a ausência de um sensor de impressões digitais, entre outros.

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É claro que podemos defender (um pouco) o aparelho com a introdução da tela OLED, o carregamento wireless, a câmera excepcional, a combinação hardware + software mais poderosa do que nunca e é claro, animojis. O porém é que vários defeitos já estão sendo relatados pelos usuários, como congelamentos repentinos, a “linha verde da morte” (link) e falhas grosseiras na câmera frontal. No mínimo, polêmico.

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2. Nintendo Switch

A gigante japonesa dos games parece (eu disse parece) andar na contramão da concorrência, e não aposta em 4K, gráficos hiper-realistas e jogos FPS com histórias semelhantes a filmes, mas deixa cada vez mais claro seu objetivo de “democratizar” a diversão. Uma tentativa bem sucedida já havia sido testada com o Wii, mas o Switch é algo mais. A imersão dos “pads”, a possibilidade de levar o jogo com você em uma tela plug and play e, é claro, as franquias que todos aprendemos a amar (Zelda, Mario, Metroid..) tornam o Switch um grande must have de 2017. Um conselho? Não perca tempo e peça pro Papai Noel que ainda dá tempo de ganhar um antes do final do ano.

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1. Tesla Model 3

Acho que não é necessário muito para justificar a presença de um Tesla nessa lista, mas, em que pese a importância desse produto, estamos falando de uma fabricante de tecnologia, que entendeu muito bem (mesmo) como fazer um carro. A empresa (uma de muitas) de Elon Musk destaca-se ano a ano no mercado automotivo, registrando vendas cada vez maiores em segmentos que vêm apresentando queda nos principais mercados do mundo. Os carros de Musk destacam-se pela alta qualidade de construção mas também pelo desempenho, quebrando o mito dos carros ecologicamente chatos (surgido com o Toyota Prius e o GM Spark) o Tesla merecia estar na lista por si só.

Sua rápida evolução no mundo dos elétricos fez com que grandes players do mercado acelerassem seus investimentos, hoje depositando muito esforço em deselvolvimento de veículos livres de combustível fóssil como a linha E-Tron da Audi e a BMWi, divisão de elétricos da fabricante alemã. Contudo, o Model 3 pode ser o início de uma “popularização” precoce dos modelos, já que nos EUA vai custar o equivalente a um sedã médio (abaixo dos U$ 40 mil).

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Concorrentes como o GM Bolt e o BMW i3 estão todos acima dessa faixa, sem entregar tanto estilo e tecnologia. 2017 foi ainda o ano em que os elétricos ultrapassaram a milionésima unidade vendida ao redor do mundo. Foram 1,1 milhão de carros vendidos, o que representa 1,2% do total de vendas. Que ano para os entusiastas da mistura entre automóveis e tecnologia! E vem mais por aí. Além do Model 3 a Tesla anunciou a pré-venda do novo Tesla Roadster, e prometeu um tempo de aceleração de 0-96 km/h (60 mph) em ridículos 1,9s. Merece ou não estar em todas as listas?

[BÔNUS] HTC Vive Focus

O mundo ainda está engatinhando quando o assunto é VR. Já temos marcas e empresas desenvolvendo ótimas aplicações para a tecnologia, o YouTube já conta com um modo VR e ela (sempre ela) a indústria de filmes adultos já ganha rios de dinheiro com a mesma. Mas a impressão que fica é semelhante à do surgimento da web lá nos anos 90: Toda empresa sabia que precisava ter um website, mesmo sem saber exatamente o porquê, nem como utilizá-lo da melhor forma. Após a compra da Oculus Rift pelo Facebook na casa dos 7 digítos, uma luz amarela acendeu na indústria e observamos um “boom” na utilização dessa tecnologia, que, de certa maneira, “concorre” com a realidade aumentada e outras formas de interação entre o real e o virtual.

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Essa longa introdução serve para nos dar o contexto do Vive. A HTC desenvolveu um hardware robusto, amigável para desenvolvedores e com design acertado, o que rapidamente fez com que (no exterior) o sistema fosse muito bem avaliado e desejado. Mas onde está o verdadeiro diferencial? Em uma variável chamada “room scale”. A “profundidade ambiente” como pode ser chamada, permite que você efetivamente caminhe pelo seu ambiente virtual (e real também), diferente dos outros onde a câmera se move através de um ambiente virtual.

Com a pré-venda iniciada esta semana, a Vive anunciou a segunda geração de seu headset. A diferença do Focus para o primeiro, é que não haverá a necessidade de fios, tampouco de uma conexão com um computador. Os abonados que comprarem o kit começarão a receber suas encomendas em janeiro de 2018 (somente na China, por enquanto). É um grande salto para o início de dispositivos VR independentes.

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Um grande impeditivo de sua popularização ainda está no preço: O kit com o óculos mais dois pads (que ainda exige sincronização com um PC) custa nada módicos 4 mil yuans ou USD 600,00; mas SIM, merece lugar na lista por ter sido destaque em 2016 e nós amamos coisas nerds, caras e pesadas. Estamos ansiosos.

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PS: Caso você seja um illuminati com mascada infinita, foi passar alguns dias no exterior, ou ganhou na Mega da virada, os links para comprar todos os itens estão aqui:

Logitech Proteus

Apple TV 4K

Amazon ECHO

Galaxy Note 8

Sony 7SII

LG OLED

Pixel 2 XL

iPhone X

Nintendo Switch

Tesla Model 3

HTC Vive

Boas compras, um feliz Natal e até 2018!