Atlântida

Anos de trabalho focado da Konami finalmente deram certo: “PES 2017” pode ser facilmente considerado o melhor jogo da franquia em muito tempo. O jogo chega com tudo no PS4 e Xbox One, e surpreende no PS3 e Xbox 360. A versão para PC merece um parágrafo à parte.

Se antes vivia à sombra de Fifa (leia nossa análise de “Fifa 17” aqui), a nova edição consegue ressaltar seus diferenciais e promete acirrar um dos embates históricos dos games, protagonizado pelas duas séries.

Confira o post em que listamos os pontos fortes de “PES 2017” e “Fifa 17” para te ajudar a fazer a escolha certa para o seu próximo game de futebol!

Principais melhorias

Se nunca decepcionou na parte gráfica, em “PES 2017” tudo foi melhorado em ‘progressão geométrica’. A engine Fox Hound confere ao jogo um nível de detalhes jamais visto.

Quem duvida, pode mudar de ideia no vídeo a seguir, em que o editor de vídeo da Rede Atlântida Jonnie Andrade preparou com um Gre-Nal repleto de um fino detalhamento do Estádio Beira-Rio e camisas dos dois times:

Até a torcida, que estava meio estranha na demo ficou muito mais autêntica na versão final, com comportamento mais independente e animação próxima de um estádio real.

Outra adição importante é o Campeonato Brasileiro oficial, com logo e taça reais e todos os 20 clubes da edição 2016. Somado aos seis estádios brasileiros – Beira-Rio, Itaquerão, Maracanã, Mineirão, Morumbi e Vila Belmiro – o acréscimo confere a maior autenticidade possível no futebol virtual.

Ah, Milton Leite! O narrador da SporTV chega para reavivar os comentários do game, ao lado de Mauro Betting, após a saída do desgastado Sílvio Luís. Não ficou bom. Em muitos momentos, há um silêncio constrangedor, noutros, é o exagero dos bordões do narrador que imperam e, em último caso, a fala não tem nada a ver com a jogada.

O talento e a familiaridade que temos com o narrador atualmente foram subaproveitados. O trabalho, provavelmente feito às pressas, fica como melhoria para ser incrementado nas próximas edições.

Surpresas

Enquanto muitas empresas relegaram ao PS3 e Xbox 360 as sobras, a Konami fez um trabalho competentíssimo na versão dos ‘primos pobres’.

Apesar do downgrade, muitas das inovações dos consoles next gen foram mantidas, as animações foram melhoradas e a movimentação está tão boa quanto em “PES 6”, queridinho de muitos fãs e que recebe “Bomba Patch” até hoje.

O custo de partidas tão fluídas se reflete no corte de alguns recursos, mas nada que vá prejudicar a diversão. Até as partidas online se saem tão bem quanto nos consoles mais novos.

A surpresa negativa vai para a versão PC, que não possui o acabamento e visual de PS4 e XOne, mas também não é tão econômica quanto nas plataformas antigas. Isso sem contar que a movimentação parece até pior do que ambas as versões (mas pode ser só birra nossa por causa do descaso!).

Na versão para Steam, não é muito fácil encontrar jogadores para partidas online e há muitos comentários na página do game sobre usuários que pediram reembolso pouco depois da compra…

Uma coisa é muito clara: a Konami largou de mão os jogadores de PC.

Pontos a melhorar

A movimentação está realmente muito melhor. As animações são mais fluídas, há mais formas de chutar ou tocar a bola e os goleiros… ah, caro leitor, esses se tornaram verdadeiros heróis: fecham o ângulo, pulam em todas as bolas e operam milagres.

O porém fica pela bola, que parece continuar com um ímã dentro, sendo atraída para os pés dos jogadores. Os dribles também continuam meio travados e, comumente, são alternativas ruins para propor novas jogadas.

Em ambos os casos, melhorou em relação ao “PES 2016” e melhorou MUITO quando comparado da versão 2015 para trás, mas ainda deixa a desejar em relação à “Fifa”, num dos poucos momentos em que a comparação é inevitável e negativa.

No campo das licenças, a concorrência também leva, já que em “PES 2017” o poderoso Barcelona enfrenta o desconhecido MD White, onde joga um craque amador chamado Cristiano Ronaldo. Conhece?

Além da falta de licença de Real Madrid e de todos os times espanhóis, exceto o Atlético Madrid e o Barça, apenas as ligas do Brasil (com vários jogadores fake), França e Holanda são totalmente licenciadas. A Lega Calcio chega com a trágica ausência da Juventus e a Premier League só tem Arsenal e Liverpool licenciado.

Por falar em tragédia, essa é a primeira vez desde 2011 que a série não conta com a Copa Libertadores e os outros torneios de clubes da Conmebol licenciados… Apuramos que a saída do executivo mexicano Erik Bladinieres da Konami tenha dificultado as negociações, mas vamos confirmar com a assessoria da empresa.

Os fãs da UEFA Champions League e da Liga Europa devem continuar no PES, já que o jogo continua oferecendo as competições em ricos detalhes, exclusivamente.

Conclusão

Aquela discussão “Fifa vs PES” se tornou muito mais complicada após “PES 2017”. Cada vez mais, fica claro que diferenciais mínimos fazem um jogador optar por um ou outro.

Em alguns momentos, o jogo da Konami consegue ser até menos burocrático que o futebol anglicizado de Fifa e mais divertido. Mas se você continua na dúvida, confira o nosso “Fifa vs PES”.

“PES 2017” chega para PS4 e Xbox One, PS3 e Xbox 360 e PC com preços que variam entre R$ 169 a R$ 200, dependendo da plataforma.

[NOTA] A maior parte do review foi realizado na versão PS4 (inclusive os vídeos), que foi cedida pela assessoria oficial da Konami no Brasil. Também testamos – por conta própria – as versões para PC e Xbox 360.