Atlântida

Em seus curtos 70 anos (poderiam ser 140!) encerrados na noite de segunda-feira, 28 de dezembro, Lemmy Kilmister evoluiu de roadie do Jimi Hendrix para superar seu próprio mestre em importância e presença no mundo do rock e chegou a outros rincões, inclusive aos videogames, uma de suas paixões, ao lado da música, do álcool, da anfetamina, dos cigarros e de antiguidades nazistas.

É, o líder do Motörhead definitivamente era um ícone da polêmica, mas isso nunca ofuscou seu brilho, seu carisma e sua relação constante com o mundo dos jogos eletrônicos. Não é difícil pensar em pelo menos três momentos recentes do Lemmy nos games mas, no melhor espírito Games Memória, resgatamos outras aparições e contribuições da instituição do rock nos joguinhos que você provavelmente nem imaginava!

Passou seus últimos dias jogando vídeogame

Segundo a nota oficial da banda, Lemmy estava jogando um bom game descobriu que sofria de um tipo de câncer agressivo, que lhe tiraria a vida apenas dois dias depois. Claro, não era qualquer game, era um fliperama de azar operado por fichas do antigo bar Rainbow, ponto de referência histórico da cena roqueira de Los Angeles. Lemmy adorava tanto aquele jogo que, com o fechamento do bar e a saúde debilitada do roqueiro, levaram a máquina para a casa dele.

Emprestou sua voz a um traficante em um game

No game “Scarface: The World is Yours”, Lemmy trabalhou na voz (e emprestou um pouco de sua aparência) ao traficante de armas que Tony Montana recorria sempre que precisava dar um ‘up’ no arsenal para tomar o controle do crime em Miami. Dava para bater um longo papo com o personagem, com todo o carinho e respeito imaginável numa conversa improvável entre Lemmy e Tony Montana.

Ajudou a produzir um game

O inventivo criador de jogos Tim Schaffer contou com a ajuda providencial de Lemmy, e também de Ozzy Osbourne, Rob Halford e Jack Black no game “Brütal Legend”, lançado para Xbox 360, PC e PlayStation 3. Além das canções clássicas do rock e heavy metal dos roqueiros, eles participaram com sua dublagem e aparência. Lemmy era Kill Master, líder de uma unidade que realizava ataques com um contrabaixo gigante.

Era um grande fã de um jogo que também amamos

Durante a produção do game, Lemmy expôs sua paixão por “StarFox”, o clássico jogo de naves da Nintendo. Schaffer revelou esse lado gamer do roqueiro durante uma entrevista ao site GamesIndustry em 2009: “Ele coleciona espadas e facas, e nós conversamos sobre batalhas medievais. Passei um tempinho com ele e ele joga videogame. Ele realmente curte ‘StarFox’.”

Até virou um personagem de “Super Mario”

A relação de amor com a Nintendo é recíproca, tanto que a empresa batizou Lemmy Koopa em homenagem ao líder do Motörhead. O personagem é um Koopaling, um dos célebres assistentes do vilão Koopa (Bowser) na franquia “Super Mario”, na qual quase sempre aparecem como subchefes.

E também de “World of Warcraft”

Um dos mais famosos personagens não-jogáveis de “World of Warcraft” é Lemmy, o Gnomo, visivelmente inspirado no visual do roqueiro. Clara homenagem da Blizzard a nosso herói baixista!

Ganhou sua versão virtual na série “Guitar Hero”

A presença das músicas do Motörhead em jogos como “Guitar Hero” e “Rock Band” é natural, mas o Lemmy se tornou lenda também no rock virtual como personagem desbloqueável do modo carreira em “Guitar Hero: Metallica”. E dava até para tocar “Ace of Spades” com ele no comando!

Se tornou um lutador da WWE

No game “WWE Smackdown vs Raw 2009”, Lemmy se tornou um combatente dos ringues das caricatas lutas do telecatch norte-americano. Era possível criar um personagem com a aparência completa do roqueiro e isso não era invencionismo de fã: Lemmy era realmente ligado à modalidade, emprestando músicas aos combates e realizando shows em eventos importantes da WWE, o que motivou a produtora a acrescentá-lo no game.

Ganhou seu próprio jogo!

O universo das capas de disco e das letras do Motörhead inspiraram a Atari a lançar em 1992 o game da banda, autointitulado, no qual Lemmy Kilmister era o personagem controlável e tinha de sentar a porrada nos inimigos num ‘beat’em up’ (estilo “Final Fight”). Como o game foi lançado apenas para o Amiga, um computador popular somente no Reino Unido e Europa, muita gente desconhece essa pérola. Mas os emuladores estão aí pra isso!

E virou RPG!

A riqueza do universo de quase 40 anos criada por Lemmy e sua banda também inspirou os criadores do game de RPG “Victor Vran”, estilão “Diablo”, a expandirem o jogo com a DLC “Motörhead through the Ages”, um verdadeiro tributo virtual a essa fundação chamada Motörhead.