O rumor – e depois confirmação – de que a Marvel debandou o “Comitê Criativo” dos filmes da empresa mexeu com os jornalistas que cobrem este tipo de mídia.

Mas o que era o Comitê Criativo da Marvel?

Era um grupo de super-heróis pessoas criativas e executivos dentro da empresa que davam ideias, orientações, sugestões e basicamente guiavam os responsáveis pelos filmes para que as histórias tivessem a alma da Marvel neles. Basicamente os Illuminati da Marvel.

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O Comitê Criativo era composto (entre outros) por Brian Michael Bendis (o maior – e possivelmente melhor – escritor da Casa das Ideias atualmente, responsável por uns – sem brincadeira – 9 títulos mensais simultâneos), Dan Buckley (publisher da Marvel Comics), Joe Quesada (ex-Editor Chefe da Marvel Comics e atualmente o Chief Creative Officer  da Marvel Enterprises) e Alan Fine (presidente da Marvel Entertainment).

Ao mesmo tempo que eles provavelmente eram as pessoas que garantiam a unidade dos filmes, aquela “cara” de filme Marvel que aprendemos a amar e esperar há rumores de que era especialmente difícil trabalhar neste modelo. Dizem que este foi um dos motivos da saída de Eric Wright da direção do Homem-Formiga. Além disso toda a formatação e criação dos filmes da Marvel ficava bem engessada, porque a agenda de todos estes participantes é extremamente complicada de ajustar para que todos se reúnam.

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Agora o Comitê Criativo foi debandado. E Kevin Feige, o produtor executivo do Universo Marvel no Cinema tem linha direta com a Disney. Ele não responde mais para Isaac Perlmutter (CEO da Marvel Entertainment) e sim para Alan Horn (o Studio Chief da Marvel). Essa mudança provavelmente demorará para ser percebida por nós, meros mortais, porque Capitão America: Civil War e Doutor Estranho (os próximos filmes) já estão bem avançados em produção e possivelmente já foram bem atingidos pelos super-poderes do Comitê Criativo.

Resta saber como será a dinâmica dos filmes da Marvel neste novo organograma. O Comitê Criativo era claramente formado pelas mentes mais interessantes da Marvel, aqueles que colocaram as HQs no eixo após anos de problemas nas décadas de 80 e 90, fazendo com que as histórias e personagens da empresa tivessem arcos criativos de sucesso comercial e de crítica e que puderam ser adaptados para o cinema com mais sucesso ainda.

Com sua destruição será que os filmes conseguirão manter o alto padrão técnico e criativo com o qual nos acostumamos? Vamos demorar mais de 2 anos para saber.

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