Finalmente acabou a espera. Estreou no Netflix Narcos, mais uma produção do serviço de TV por internet. O seriado narra a trajetória de Pablo Escobar, que transformou-se no maior traficante de drogas da história. Com o perdão do trocadilho, tive uma overdose de Narcos no final de semana. Eis seis elementos que mostram que a série deve ser a melhor de 2015.

narcos

Wagner Moura e André Mattos – Quem pensa que a figura do mítico Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, vai dar as caras no seriado se engana. Moura engordou cerca de 20 Kg para viver Pablo Escobar. Mesmo sem falar uma palavra de espanhol, o ator vive de maneira marcante o personagem. Outro que dá as caras é André Mattos, que vive Jorge Ochoa, um dos fundadores do Cartel de Medellín. Mattos deu vida ao deputado Fortunato em Tropa de Elite 2.

José Padilha – Se alguém ainda duvidava de Padilha como um dos grandes nomes da atualidade, pode parar. Depois de Tropa de Elite, Ônibus 174 e Robocop, a série encontrou o produtor executivo perfeito para o enredo proposto.

Realidade – Por mais surreal que possa parecer, a Colômbia realmente viveu o inferno da guerra entre governo e narcotraficantes. Os cartéis, liderados pelos grandes chefões do tráfico de drogas, são apresentados e esmiuçados na produção. Em cenas de contexto histórico, são utilizadas imagens reais da época. Algo que já tinha sido usado por Padilha em Tropa de Elite.

Pablo Escobar – O traficante ganhou tanto dinheiro, que precisou enterrar parte de seus ganhos. Era tanto dinheiro, que era impossível lavar. Da mesma maneira que entrava, saía. Escobar comprava as pessoas conforme fosse necessário. O jeito “humanitário” fez com que muitos populares o chamassem de santo. Porém, a realidade era outra. O homem não tinha alma. Era lucro pelo lucro. Nada poderia atrapalhar sua empresa.

Interferência americana – O locutor da história é um agente da DEA, chamado Steve Murphy. Cabe a ele, em meio a um emaranhado de crime, tentar descobrir o paradeiro de Escobar e outros líderes dos cartéis colombianos. Ronald Reagan, que era presidente dos Estados Unidos na época em que a cocaína colombiana invadiu a América, é figura presente em diversos momentos da série. Enquanto isso, os colombianos viviam um dilema. Queriam o fim de atentados promovidos por traficantes, mas também não gostavam da interferência do “imperialiasmo” americano. Coube a César Gaviria encarar o desafio.

Drogas – Quem pensa que verá um festival de consumo de drogas, pode parar por aí. Aparece um baurete aqui, outra acolá. Porém, o foco da série é em cima da violência provocada pelo tráfico. O que é interessante para o momento em que o Brasil tenta abrir um diálogo sobre descriminalização do consumo de drogas.

Confira o trailer!