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Com o mundo cada vez mais digital, os robôs aos poucos começam a tomar conta, ocupar espaço e fazendo coisas que antes seriam impossíveis. Isso não seria diferente na área da medicina.

Médicos podem comandar cirurgias a distância, em casa, em um voo para Shanghai, ou no trânsito. As facilidades de salvar vidas, com essas tecnologias é óbvia e fantástica.

Mas como tudo na vida, tem suas desvantagens, e alguns pesquisadores, demonstraram as diversas falhas de segurança nessas máquinas que realmente poderá um dia substituir os humanos. Pesquisadores da Universidade de Washington , Seattle, simplesmente tomaram conta de um robô-cirurgião tele-operado.

Esse tipo de robô pode facilitar e muito uma cirurgia urgente, quando o profissional médico está a quilômetros de distância, e assim mesmo, salvar vidas.

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Desde 2001, estão se fazendo experimentos com robô na medicina, mas ainda assim, estão longe de ocuparem lugar nas salas cirúrgicas e dar acesso a todos. E mesmo assim, já é possível ver o quão frágil esse tipo de procedimento é.

A universidade utilizou um Raven II, um robô que utiliza dois braços cirúrgicos, controlado por um console, para demonstrar como um ciberataque poderia interromper um procedimento.

A MIT Tech Review descreve os experimentos dos pesquisadores como:

A equipe testou três tipos de ataques. A primeira muda os comandos enviados pelo operador para o robô, suprimindo, atrasando ou reordenando as instruções. Isto faz com que o movimento do robô se torne defeituoso e difícil de controlar.

O segundo tipo de ataque modifica a intensidade de sinais do operador para o robô, alterando, por exemplo, a distância que um braço deve se mover ou a que grau ele deve girar, coisas desse tipo. “A maior parte desses ataques teve um impacto notável sobre o Raven imediatamente depois de serem executados”, diz Bonaci e sua equipe.

A última categoria de ataque é um sequestro que toma completamente o controle sobre o robô. Este acaba sendo relativamente fácil, já que o protocolo Interoperable Telesurgery Protocol está disponível publicamente. “Nós efetivamente assumimos o controle sobre o processo de teleoperação”, dizem os pesquisadores.

Eles ainda conseguiram descobrir como gerar movimentos que desencadearam um mecanismo automático de parada que vem embutido no robô. (…) Enviando constantemente comandos que desencadearam este mecanismo, a equipe foi capaz de realizar um tipo de ataque de negação de serviço. “Somos capazes de parar facilmente o robô e impedi-lo de ser adequadamente reiniciado, efetivamente tornando um procedimento cirúrgico impossível”, dizem eles.

E no final ainda demonstraram que isso tudo poderia ser transmitido para TODOS verem, via rede pública.

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Em resumo, isso é uma notícia que aparentemente é ruim ainda mais pra quem tem medo de cirurgia como eu. Mesmo evitando ataques criptografando as comunicações, hackers experientes, arrumariam um jeito de invadir o sistema de segurança mais sofisticado.

Os médicos cirurgiões particulares e públicos, vão ter que pensar e repensar muito bem quando, como e por onde devem utilizar esse tipo de recurso, pois as vantagens podem ser inúmeras, mas os riscos também são outros inúmeros.

 

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(por Raphael Cardoso)

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