O HoloLens, óculos de realidade virtual que está sendo produzido pela Microsoft, é a aposta da empresa para o futuro próximo. O acessório sobrepõe ao ambiente do usuário hologramas interativos, que poderão ser utilizados para a abertura de aplicativos, documentos, vídeos, projetos e até jogos, criando uma experiência mista entre realidade e computação gráfica.
Recentemente, em registro de patente, a empresa detalhou os planos para o óculos, e alguns elementos chamaram bastante a atenção. O maior deles é que a Microsoft está desenvolvendo um kit que poderá monitorar os batimentos cardíacos, a produção de suor, a atividade cerebral e outros sinais corporais – como movimentos de cabeça e olhos – para oferecer ajuda de acordo com os resultados.
Com isso, a gigante da tecnologia afirma que o acessório poderá identificar quando os usuários mais precisam de ajuda, permitindo que o HoloLens preste auxílio sem que seja solicitado.
“Uma pessoa poderá vivenciar um stress relacionado à situação ou contexto atual. Por exemplo, ela poderá ter dificuldade na execução de uma tarefa e ficar cada vez mais frustrada conforme o número de tentativas mal sucedidas cresce”, diz o documento enviado à agência norte-americana responsável. “O stress também poderá dificultar o raciocínio e aumentar a dificuldade de gerenciar tarefas. Além disso, pedir ajuda a um dispositivo eletrônico poderá ser inconveniente, impraticável ou até mesmo impossível dependendo das circunstâncias.”
Nesse momento, se o acessório registrar o aumento do nível de stress, poderá oferecer ajuda ao usuário para executar as tarefas desejadas, reconhecendo o comando desejado e determinar o que está sendo feito errado. Nesse momento, o óculos poderia colocar ao campo de visão da pessoa um vídeo que demonstrará como o comando deverá ser feito para funcionar corretamente.
Outro recurso – bastante útil – que o HoloLens poderá ter é verificar o nível de nervosismo do usuário que está atrasado para uma reunião – cruzando os dados de satélite e de calendário – e, com isso, poderá oferecer automaticamente a melhor rota para chegar ao destino da maneira mais rápida possível.
Especialistas dizem que a eficácia desses sensores depende de uma série de fatores: “Numa situação controlada em laboratório, pesquisadores podem usar sensores para detectar o momento em que uma pessoa fica estressada, mas para algo que as pessoas usariam no trabalho ou em casa, é ambicioso ter algo que detecta [o stress] em todo tipo de situação”, disse o professor Anthony Steed, do departamento de ciência da computação da Universidade de Londres.
Não foi divulgada ainda uma data para o lançamento do acessório, e suas aplicações práticas ainda são incertas. De qualquer modo, o anúncio do HoloLens no evento da Microsoft em janeiro chamou a atenção de todo o mundo e, se funcionar como anunciado, poderá revolucionar para sempre a realidade virtual.
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