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Mal foi anunciado e o filme sobre a guerra entre Nintendo e Sega nos anos 90 já se tornou um dos mais esperados para a galera aqui do Infosfera. Como os mais velhos devem se lembrar, a rivalidade entre as duas fabricantes de consoles foi um dos períodos mais férteis e criativos dos games, já que consoles como Mega Drive, Super Nintendo, Master System e Nintendinho (NES/Famicom) foram protagonistas do período.

Por falar em protagonistas, ninguém marcou mais a infância noventista como os heróis e mascotes Mario e Sonic, quando o importante era provar qual console era melhor e mais rápido e os jogos multiplataforma não eram tão famosos quanto os exclusivos. Sob o comando do marketeiro Tom Kalinski, a então pequena Sega usou de muita criatividade e agressividade para se mostrar uma empresa descolada, o que fez gamers adolescentes da era Grunge enxergarem os produtos da gigante Nintendo como “coisa de criança”.

No Brasil, muito do sucesso da Sega se deve à parceria com a fabricante de brinquedos Tectoy no final dos anos 80, que investiu na distribuição massiva dos consoles e jogos em todo território nacional, com preços convidativos, anúncios em TV e revista (algo raro na época) e localização de embalagens e até alguns jogos. A Nintendo até tentou – somente em 1993 – repetir os passos por aqui com a fundação da Playtronic, mas sem o mesmo sucesso. A moeda brasileira passava por transição para os atuais Reais, com o câmbio parelho ao dólar americano (R$ 1 valia o mesmo que US$ 1), os consoles e jogos nintendistas nacionais eram mais caros e a cultura da pirataria e da importação já havia arrebatado os fãs dos jogos da empresa.

Apesar da aparente capacidade superior de processamento do Mega Drive, o Super Nintendo era mais novo e mais moderno. Foi lançado em 1991, enquanto o console da Sega chegou em 1988. O console tinha recursos gráficos e de som muito superiores, e contava com o alardeado recurso Mode 7, um sistema de mapeamento gráfico que produzia efeitos supostamente tridimensional em vários títulos. Os primeiros títulos pré-renderizados de fato em 3D vieram em 1994, com a série Donkey Kong Country, seguido por Super Mario RPG e Killer Instinct.

Nocauteada, a Sega até tentou reagir com o enfadonho 32X, periférico plugado ao Mega Drive para gerar jogos em 3D, mas beijou a lona após o fracasso do Sega Saturn, o cancelamento do DreamCast e, principalmente, o sucesso do PlayStation. Aliás, o êxito da Sony também prejudicou de forma irremediável a Nintendo, mas isso é história para um próximo post.

Atualmente o embate entre Nintendo e Sega virou poeira. O que parecia impossível, aconteceu: as duas empresas viraram parceiras, com direito a estátua comemorativa dos 20 anos do Sonic que serve como carregador para controles do Nintendo Wii!

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