Um bicho que eu gosto desde pequeno é dinossauro. Não que eu vá querer ter um de estimação em casa, para fazer carinho, mas desde guri gosto de ler sobre dinos, colecionar objetos e, claro, jogar games com os répteis pré-históricos. Uma das minhas séries preferidas é Dino Crisis, do primeiro PlayStation – hoje conhecido como PSOne.

Dino Crisis, de certa forma, foi o game que me apresentou àquela geração de consoles. Lembro bem quando fui jogar na casa de um primo, e levei um cag#ço inesquecível. Ele estava perto daquela cena em que o tiranossauro arrebenta o vidro da sala e enfia o focinho, tentando fazer uma boquinha com o personagem (veja abaixo – se quiser ir direto ao que importa, avance o vídeo até 2:30). Meu primo me entregou o controle e não avisou nada, até que, tudo aconteceu: o vidro estourando, o controle do Play vibrando sem parar, o bicho tentando me morder, eu disparando como uma louca (a protagonista é uma mulher, por isso digo louca), e enfim o grandão desistindo e indo embora.

Baita susto! Ou seja, virei fã. Claro que hoje as animações dos games evoluíram absurdamente, mas aquela cena segue sendo das minhas preferidas, e ainda me acelera o coração quando entro naquela sala e fico esperando o ataque do tiranossauro.

Dino Crisis 1 foi lançado em 1999, pela Capcom, mesma empresa do Resident Evil. A lógica dos dois games é, inclusive, muito parecida, com a diferença de que, no primeiro, os zumbis lerdos são substituídos por dinos (em geral, velociraptores) ágeis e rápidos. Além da presença do réptil gigante…

Na trama, o jogador controla a protagonista Regina tentando resgatar o cientista Edward Kirk. O sujeito inventou uma coisa chamada Third Energy, que permite realizar viagens no tempo, e que acabou enchendo o lugar de dinossauros. Regina é acompanhada por dois sobreviventes do seu time – Gail e Rick – que, ao longo do jogo, vão obrigando a garota a tomar decisões sobre os caminhos que seguirá na história, o que implica em diversos enredos diferentes e três possíveis finais, com mudanças no time de sobreviventes.

No ano seguinte foi lançado Dino Crisis 2. Com relação à jogabilidade do primeiro, nesse o jogador tem muito mais munição, não precisando economizar na hora de atirar. Também introduziu diversos elementos como missão de tiro a bordo de um jipe (lembra a cena de Jurassic Park) e novos dinos, inclusive em ambientes aquáticos.

Em Dino Crisis 2 se controla Regina ou Dylan (o loiro soltando a bala nos raptores na imagem ao lado), dependendo da missão. O jogo se passa no local onde uma cidade, Edward City, foi mesclada com uma selva pré-histórica devido à má manipulação da Third Energy. A trama envolve complexidades temporais, com personagens descobrindo acontecimentos de seus futuros – não vamos soltar spoiler.

Particularmente, eu prefiro o primeiro, mais difícil e mais assustador. O segundo, no entanto, também é ótimo, sobretudo pela grande variedade de dinos para apreciar. Além dos dois games do PSOne, Dino Crisis teve outros jogos, inclusive um – dizem – fracassado Dino Crisis 3 no XBox (nunca joguei).

A série original foi relançada para PS3, para ser adquirida pela PlayStation Network (PSN), mas sem reedição gráfica ou qualquer melhoria. Mesmo assim, ainda hoje eu indico muito para quem gosta de dinossauros e sustos.

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