Dados divulgados nesta terça-feira pelas consultorias Huawei e Teleco apontam um aumento no uso da banda larga móvel no Brasil. No segundo trimestre deste ano, a banda larga móvel teve uma taxa de crescimento de 17%, frente aos três primeiros meses de 2010. A banda larga fixa teve alta de 3%. Modens têm demonstrado um crescimento constante, mas o avanço mais significativo é observado nos celulares com 3G, que passaram de 8,7 milhões para 10,4 milhões na comparação trimestral.

Ainda é pouco frente às 187 milhões de assinaturas de celular divulgadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na semana passada.

Quem é o culpado? Segundo o estudo, o preço dos telefones celulares 3G permanecem estáveis e representam uma barreira para a difusão da banda larga.

Enquanto isso, o preço médio do modem 3G sofreu uma queda de 15% no segundo trimestre de 2010, comparado com o trimestre anterior, com o valor mínimo apurado de R$ 170, desconsiderando-se aqueles com 100% de subsídio.

Apesar dos pesares, a cobertura da banda larga existe. Em junho de 2010, ela já estava disponível para 65,2% da população e presente em 13,3% dos municípios brasileiros. Na prática, todas as capitais de estado e municípios com mais de 500 mil habitantes são atendidos por quatro operadoras.

Em relação aos planos de serviços, todas as operadoras, exceto a TIM, passaram a cobrar por volume de dados, e não mais por velocidade. A TIM introduziu a cobrança por tempo de uso, a exemplo do que faz na Itália. Os pacotes de consumo variam de 10 MB por R$ 9,90 até 10 GB por R$ 199,90.

O estudo também aponta que, com crescimento de 34,1% nos últimos doze meses e tendo o WCDMA/HSPA como a principal tecnologia de terceira geração, o número de clientes 3G chegou a 680 milhões no mundo, o que equivale a 13,7% do total da base de celulares. E um em cada cinco celulares atualmente vendidos já é smartphone, o que evidencia a tendência destes dispositivos se tornarem os principais meios de acesso à internet, superando o PC.