publiquei aqui ontem um perguntas e respostas sobre o Microsoft Office 2010. Era um texto focado no produto que a gigante de softwares passou a vender no meio da semana. O pacote com Word, Excel, PowerPoint, OneNote, Outlook, Publisher e Access, no entanto, suscita outros questionamentos, não tão focados nele mesmo, mas no mercado.

Seguem, portanto, outras cinco perguntas e respostas, no mesmo estilo – voltadas para o usuário final.

1. Existem programas com funções similares às do Office no mercado?
Sim. O mais conhecido é o OpenOffice (ou BrOffice). O pacote, que pode ser baixado gratuitamente, tem softwares com funções similares às do MS Office. Há editores de texto, de planilhas, de slides, bancos de dados, e outros. É um programa de qualidade, porém não oferece os mesmos recursos de interface do Office 2010. O primeiro a incorporar a nova ortografia, por exemplo, foi o OpenOffice. O Word, da MS, só agora oferece a opção já configurada no software. Você pode conferir outras alternativas no post lincado aqui.

2. Por que se diz que o Google é um concorrente da Microsoft neste campo?
O Google, apesar de não ter um programa que possa ser instalado no computador para a edição de textos possibilita, através do Google Docs, realizar funções semelhantes às de Word e Excel. Os usuários podem criar textos, formatá-los e inclusive salvá-los em formato do pacote Office ou em PDF. Além disso, o Google Docs permite o compartilhamento de arquivos na internet. Para se fortalecer nesta área, a Microsoft apresentou o Office Web Apps, que deve estar disponível no Brasil até o final do ano. Ele faz o mesmo que o Google Docs, com mais recursos, segundo a empresa.

3. Qual dos dois oferece maior concorrência à Microsoft?
No evento de lançamento, nenhum deles foi destacado como sendo capaz de fazer frente ao Office. Deu para sentir que o Google Docs seria visto como muito limitado – ou nem mesmo sendo considerado um equivalente. No caso das alternativas livres (OpenOffice), aplicou-se o mesmo. Aparentemente a Microsoft se sente sem concorrência. Na verdade, a pirataria de software parece mais preocupante do que outros produtos.

4. Mas qual é a fatia de mercado que a Microsoft possui?
O número apresentado, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é de 92% dos computadores com algum pacote de trabalho no Brasil, em 2009, rodando Office, em alguma de suas versões. Ou seja, nove de cada 10 usuários de algum editor de texto, planilhas ou slites usa Word, Excel ou PowerPoint para estas tarefas – não necessariamente na versão mais recente, claro.

5. Como a Microsoft pretende manter a liderança e atrair mais usuários para o software licenciado?
Preço acessível é uma das estratégias. O pacote mais barato do Office 2010 (chamado Home and Student) custa R$ 199 e dá direito a três instalações na mesma residência. Com isso, a empresa espera que uma licença atinja todos na família – micro do pai, da mãe, do filho. Quem comprar computadores novos dos parceiros da empresa receberá, pré-instaladas, versões de Word e Excel com recursos limitados, porém gratuitas. São algumas formas de manter o público legalizado.