Uma declaração do gerente de produtos da CCE, William Cezar, na matéria Preço da TV digital pode cair a 60% até o fim de 2008 está dando o que falar entre alguns internautas. Eis a íntegra do trecho:
O gerente de produtos da CCE, William Cezar, lembra que o principal componente do custo do conversor é o silício, ainda caro.
– Uma eventual inovação tecnológica poderia derrubar o preço, mas não é algo que se possa prever com certeza – disse.
Sobre isso, o internauta K. H. Duarte replicaram, comentou:
– Silício é areia… existe algum material mais barato?
Na mesma linha, Marco Antonio indaga:
– Se fosse por causa do silício o que dizer sobre a redução de custos nos PCs e Notes, todos os processadores usam silício?
Levamos os questionamentos a uma fonte de gabarito, o professor do programa de Pós-Graduação em Microeletrônica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sérgio Bampi, que também é coordenador do centro de Excelência de Tecnologia Avançada (Ceitec), em Porto Alegre, onde serão produzidos chips para equipamentos de telecomunicações.
Falando direto de São Paulo, por telefone, Bampi tentou explicar o que provavelmente o senhor Cezar quis dizer:
– O que ele quis dizer é que um dos produtos mais caros, e onde está embarcada toda a tecnologia do conversor, é o chip (feito de silício). O silício em si é o semicondutor mais acessível. Só que toda a engenharia necessária para fazer um chip tornam ele (o chip) um dos produtos com maior valor agregado. Seria como dizer que a Mercedes é cara por causa do ferro. O que encarece não é o ferro é o design, o acabamento.
E será que é correto dizer que ele é de areia?
– O silício é um átomo purificado para o chip. Ele é obtido a partir de um quartzo (cristal). Esse quartzo é o óxido de silício… as empresas pegam esse quartzo, purificam. E na arei tem um pouco de quartzo, mas o mais utilizado vem de pedras.
Então, segundo o professor, qual é a razão para os altos preços dos conversores?
– O que encarece o setopbox é o fato de o Brasil não produzir chips.
Tá falado.
Postado por Guilherme Neves
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