por Arthur Gubert

O guitarrista da Cachorro Grande vem aí com seu primeiro disco solo. O projeto GROSS está em fase de gravação e o músico gaúcho adianta: “Vamos sentar a caceta no rock n’ roll!” Com o hiato de shows da Cachorro nos meses de janeiro e fevereiro, Marcelo Gross teve tempo para trabalhar nesse novo projeto.

A CG acabou de lançar seu último disco, o Baixo Augusta.

Todos os detalhes estão aqui embaixo, em um bate papo que o cara bateu com a Atlântida.


Cachorro Grande fazendo 10 anos. Disco novo, um monte de músicas conhecidas… Porque tu resolveu que agora é o momento de tocar esse trabalho solo?

Eu tinha muita coisa que eu fiz, muitas canções que estavam lá guardadas. Umas eu até fiz há pouco tempo, mas elas tavam lá implorando: “Pelo amor de Deus, me toque!”. E eu já tava há algum tempo com vontade de fazer. E isso agrega pra banda, porque são novas experiências. Então agora é o melhor momento: a gente acabou de lançar o último disco com a banda e esse momento de janeiro e fevereiro é um momento que baixa o ritmo de shows da Cachorro Grande, então eu tive um tempo livre e resolvi que era a hora.

Alguma música do repertório do teu solo é coisa que foi descartada pela CG, ou é tudo composição nova?

Olha é tudo inédito. Mas algumas coisas eu mostrava pros guris, e na época as vezes não tinha muito a ver ou eram muito pessoais – por terem mais a ver com oque eu vivo e tal. Mas o tipo de som é um róque porradão, que é oque eu sei fazer! São uns róques bem diretos, então eu acho que vai ser um disco bem honesto, com sons que vão direto ao ponto.

Quem são os músicos que estão tocando contigo?

Eu tô tocando com um power trio por enquanto. A gente tá gravando na casa do baterista que é o Cleiton Martins – que toca com um monte de gente legal como o Cidadão Instigado. E ele é um cara que eu conheço há muitos anos. Eu até fiquei na casa dele quando vim pela primeira vez a São Paulo, quando eu tocava bateria por Júpiter Maçã, e eu sempre tive muita vontade de trabalhar com ele. E ele tá produzindo o disco junto comigo. E tá sendo um lance meio porão: tocando ao vivo, sem metrônomo, um lance bem rock n’ roll pra depois levar pra um estúdio fodão (Estúdio Trama) e usar todos os periféricos pra dar uma bombada no som. E também tem o Fernando Papassoni, que a gente se conheceu bebendo junto na Augusta, e depois eu fui descobrir que ele é um baita de um baixista e tudo encaixou perfeito!

Como é que tá sendo gravar em trio?

Pois é cara… É totalmente diferente do que eu já fiz com a banda. É meio que uma volta as raízes isso que eu tô fazendo agora! Com o último disco da banda a gente usou tudo oque tinha naquele estúdio fodão da Trama e agora eu tô meio que voltando as raízes, tocando takes inteiros! E olha… É revigorante fazer isso!

Já que tu falou em voltar as raízes, nesse disco solo tu vai tocar só guitarra ou vai tocar outros instrumentos?

Ele basicamente vai ser um disco de rock n’ roll cru e direto. Mas alguma coisa de teclado, um bandolim em algumas baladas. Mas o disco vai ser no geral assim: um róque diretasso sentando a caceta no rock n’ roll!

E o nome?

O nome do projeto é GROSS. Mas o disco ainda não tem nome, até estamos pensando em alguns nomes…

O trabalho vai sair em quais formatos?

Bah velho… A melhor maneira de ouvir música pelo vinil! Mas todas as maneiras para ouvir música a gente vai usar. Eu mesmo não vivo sem meu iPod, então oque importa é ser música boa.

E participações?

Basicamente sou só eu. Mas eu gravei um som com a Mallu Magalhães que a gente vai lançar na sequência, pra adiantar alguma coisa. Mas o disco mesmo sou eu, os guris e um róque cru e direto!