Morreu na manhã dessa quinta-feira, 7 de julho, no Hospital Naval Marcílio Dias no Rio de Janeiro, o ator Guilherme Karam, vítima da síndrome de Machado-Joseph, doença genética degenerativa do sistema nervoso.

guilherme karan

O pai do ator, Alfredo Karam, foi quem primeiro recebeu a notícia através de uma ligação do hospital. Em 2014, ele havia contado em entrevista ao EGO que o filho não conseguia mais engolir os alimentos e se recusava a receber visitas.

“A  doença progride: a fala é difícil de compreender, ele não tem equilíbrio, está com as juntas endurecidas e não tem mais capacidade de comer pela boca, pois não consegue deglutir os alimentos e corre o risco de engasgar e morrer. Os médicos fizeram uma gastrostomia, cirurgia que permite que a alimentação seja levada direto ao estômago”, explicou Alfredo.

Ele também falou sobre a síndrome, afirmando que os quatro filhos herdaram a doença da mãe.

“Dos que estão vivos, ele e a irmã estão enfermos. Na última novela que ele fez (‘América’, em 2005), já não estava bem, trabalhava se segurando nos móveis. As pesquisas médicas continuam, mas ainda não descobriram o antídoto para neutralizar os sintomas. A prioridade em achar a cura dessa doença não é tão grande quanto para o Alzheimer ou o Mal de Parkinson, que são mais divulgadas”, lamentou ele.

Karam conquistou fama quando integrou o programa de humor “TV Pirata”, no qual viveu personagens divertidos como Zeca Bordoada e o capanga Agronopoulos. Ainda na TV, o ator viveu personagens de destaque como Geraldito, de “América”, Raposão, em “O Clone”, Jurandir, em “Pecado capital”, entre outros. No cinema, participou de filmes como “Super Xuxa contra o baixo astral”, “Xuxa e os duendes” e “Rock Estrela”.