aretha
No dia 25 de março de 1942 nascia aquela que seria uma das maiores cantoras de todos os tempos. A expressão ta fora de aspas porque em qualquer outra situação essa colocação poderia ser exagerada, pretensiosa ou uma questão “de gosto” mas não no caso da Aretha. Não é por nada que ela carregava o título de Rainha do Soul. Se o pop teve o Michael Jackson como rei, o Soul/Jazz/Blues tiveram a Rainha Aretha Franklin como representante.
Nascida em Memphis e criada em Detroit , Michigan, ela se tornou a primeira mulher a fazer parte do Rock & Roll Hall of Fame em 1987. Filha de um pregador, Aretha começou a cantar aos 10 anos na Congregação de seu pai onde rapidamente ficou conhecida e já chamava atenção de grandes nomes como Sam Cooke e Dinah Washington pelo seu talento.
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Em 1956, aos 14 anos, gravou seu primeiro álbum gospel e assinou com a gravadora Motown Records que era especializada em músicas negras. Seis anos depois, em 1961 ela assinou com a gravadora Columbia Records, que tinha como produtor John Hammond que havia produzido NADA MENOS que Billie Holiday mas foi só na Atlantic Records que Aretha lançou seu grande sucesso: RESPECT em 1967. Na versão original, a música era sobre um homem demandando o respeito e submissão de sua esposa já que era ele quem sustentava a casa, mas Aretha revolucionou o mercado de música mostrando que não veio à passeio e transformando a letra em uma referência feminista.
R-E-S-P-E-C-T
 
Aretha se apropriou com tanta maestria desse clássico que hoje qualquer um que escute já associa instantâneamente à cantora. Mais ou menos como foi com a Elis em “Como nossos pais”, que tem gente que não acredita quando descobre que é do Belchior. Aretha Franklin transformou esta música em um hino feminista e político, consagrando a intérprete como a Rainha do soul com apenas 25 anos e uma das maiores referências nas lutas pelos direitos civis e igualdade de gênero e racial. Aretha já era um fenômeno, mas foi depois de Respect que o mundo entendeu que, mais do que um fenômeno, a cantora era um gênio da música. Respect atingiu a primeira posição tanto nas paradas de R&B quanto de música Pop simultaneamente. A revista Rolling Stone coroou este clássico como a quinta melhor canção “de todos os tempos”, em uma lista lançada em 2004, e atribiu à Aretha o reconhecimento de “a melhor cantora de todos os tempos” e “nona maior artista da música de todos os tempos“.
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Aretha não dominou só o mercado musical mas foi homenageada com a medalha presidencial da liberdade pelo Presidente George W Bush; foi premiada com o Grammy Legend Award por “sua contribuição para a música”, recebeu uma medalha do Kennedy Center, uma das mais prestigiadas instituições de arte do país, foi a primeira mulher negra a ser incluída no UK Music Hall e foi a segunda mulher a possuir mais grammys da história.
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 Se hoje você canta “All the single Ladies” nas festas de pop como se não houvesse amanhã, se você rebola o corpo ao som de Work tudo isso é resultado do legado que Aretha, Nina Simone e Billie Holiday deixaram. Sem exagero. Literalmente todas as mulheres que vieram depois, com a liberdade que tiveram depois são consequência de uma vida de lutas da senhora Franklin e dos ícones dos anos 60, então tenham um pouco de RESPECT, senhores.
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