Discreta sobre sua vida pessoal, Beyoncé resolveu se abrir para a revista Vogue da edição de setembro e escreveu uma carta falando sobre o processo de aceitação de seu próprio corpo.
Além da carta da cantora, a edição ganhou contornos históricos a começar pela escolha feita pela própria artista de quem a fotografaria: Tyler Mitchell. O jovem de 23 anos é o primeiro fotógrafo negro a registrar uma capa da revista desde a sua fundação em 1892.
Tá! Agora vamos falar sobre a nossa proposta inicial: Beyoncé e o processo de aceitação de seu próprio corpo. Arrasa Queen B!
A cantora começou causando, já que decidiu ainda posar com pouquíssima maquiagem e abrir mão de perucas ou de seus famosos apliques.
“Acho que é importante mulheres e homens verem e valorizarem a beleza de seus corpos naturais… até hoje meus braços, ombros, seios e coxas estão mais cheios”, disse ela à Vogue.
“Depois do nascimento da minha primeira filha (Blue Ivy Carter), eu acreditei em coisas que a sociedade disse sobre como meu corpo deveria estar. Eu coloquei pressão em cima de mim mesma para perder todo o peso que eu ganhei em três meses e marquei uma pequena turnê para me certificar de que faria aquilo. Olhando para trás agora, foi loucura”, disse Beyoncé.
A cantora comentou que, após dar à luz Rumi e Sir Carter, ela começou a pensar diferente:
“Eu estava com 100 quilos quando eu dei à luz Rumi e Sir. Eu estava inchada da toxemia e também fiquei na cama por mais de um mês. Minha saúde e meus bebês estavam em risco, então fiz uma cesariana de emergência”, contou ela.
“Foi uma cirurgia demorada. Alguns dos órgãos são tirados do lugar temporariamente e, em alguns casos, removidos temporariamente durante a cirurgia. Eu não tenho certeza se todo mundo entende isso. Eu precisei de tempo para me curar, me recuperar. Durante a minha recuperação, eu me cuidei, me dei muito amor e aceitei o fato de estar mais curvilínea. Eu aceitei o que meu corpo quer ser”, continuou.
Leia, na íntegra, a carta escrita por Beyoncé:
“Minha mãe me ensinou a importância não apenas de ser vista, mas de me ver. Como mãe de duas meninas, é importante para mim que elas também se vejam – em livros, filmes… É importante para mim que elas se vejam como CEOs, como chefes, e que elas saibam que podem escrever o roteiro de suas próprias vidas – que podem falar o que pensam. Elas não precisam ser de um certo tipo ou se encaixarem em uma categoria específica. Elas não precisam ser politicamente corretos, contanto que sejam autênticas, respeitosas, compassivas e empáticas. Elas podem explorar qualquer religião, se apaixonarem por qualquer raça e amar quem eles queiram amar.
Eu quero as mesmas coisas para o meu filho. Eu quero que ele saiba que ele pode ser forte e corajoso, mas que ele também pode ser sensível e gentil. Eu quero que meu filho tenha um QI emocional alto, em que ele seja livre para ser cuidadoso, sincero e honesto. É tudo o que uma mulher quer em um homem, e ainda assim não ensinamos aos nossos meninos.
Eu espero ensinar meu filho a não ser vítima do que a internet diz que ele deveria ser ou como ele deveria amar. Eu quero criar melhores representações para ele, de modo que ele possa atingir seu pleno potencial como homem, e ensiná-lo que a verdadeira magia que ele possui no mundo é o poder de afirmar sua própria existência.
Eu estou em um lugar de gratidão agora.
Eu estou aceitando quem eu sou. Vou continuar a explorar cada centímetro da minha alma e cada parte da minha arte.
Eu quero aprender mais, ensinar mais e viver integralmente.
Eu trabalhei muito para conseguir chegar a um lugar onde eu possa escolher me cercar daquilo que me preenche e me inspira”.
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