lei maria da penha

Na segunda-feira, 06 de agosto,  no Paraná, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, pela morte da esposa, Tatiane Spitzner, de 29, em Guarapuava. A advogada foi achada morta depois de cair do 4º andar do prédio onde morava com o marido, na madrugada de 22 de julho.

Em Brasília, Marília Jane de Sousa Silva, de 58 anos, foi morta com um tiro no tórax pelo marido, o taxista Edilson Januário de Souto, de 61 anos, no Recanto das Emas.

No domingo passado, em Jaraguá do Sul, Andreia Campos Araújo, de 28 anos, foi achada morta, enrolada em um cobertor, dentro de um carro. Ela estava grávida de três meses.

A estudante Whailly Michele Mendes da Silva, de 24 anos, foi esfaqueada 13 vezes pelo ex-namorado ao dar um abraço de “despedida” que ele havia pedido.


Hoje, dia 7 de agosto, se celebra os 12 anos da Lei Maria da Penha. E na semana em que lembramos um importante marco na história do Brasil em defesa dos direitos das mulheres, tragicamente ficamos sabendo das histórias de Tatiane, Marília, Andreia e Whailly. Quatro mulheres que representam um enorme índice de feminicídio e violência doméstica no país.  Não é à toa que ocupamos o posto de quarto país no ranking da violência contra a mulher.

BASTA!

Machismo mata, e é por isso que hoje precisamos falar da Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, que pune os autores de violência no ambiente familiar.

Infelizmente, mesmo com uma lei tão importante no país, os casos de violência contra a mulher ainda são inúmeros. Tramitam no Judiciário quase UM MILHÃO de casos, sendo DEZ MIL casos de feminicídio. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que 12 MULHERES SÃO MORTAS POR DIA no Brasil vítimas desse crime.

A violência contra a mulher é uma infeliz realidade. O que vivemos hoje são as consequências de uma sociedade patriarcal, que reforça os crimes de gênero, a força masculina e o conservadorismo.

Como mudamos isso?

Temos uma eleição pela frente. Nas urnas a gente pode mudar muita coisa, não desacreditem da política.

Devemos sempre conversar e falar sobre a violência de gênero. Vale textão no Facebook, vale um papo com os amigos, converse com os homens da sua família.

Esteja atenta, observe suas amigas, suas vizinhas, suas colegas. Se alguma delas estiver passando por uma situação dessas, ofereça ajuda, você pode estar salvando uma vida. Juntas somos sempre mais fortes.

Denunciem! A denúncia pode ser feita em qualquer delegacia com o registro de um boletim de ocorrência, ou pela Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), serviço da Secretaria de Políticas para as Mulheres. A denúncia é anônima e gratuita, disponível 24 horas em todo o país. Além de ser super importante para levantar dados sobre os casos de violência de gênero no país.

#NenhumaAMenos

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