principe indiano

Manvendra Singh Gohil, um príncipe indiano gay, abriu seu palácio, instalado num terreno de quase 61 mil metros quadrados, para LGBTs em situação vulnerável e iniciou a construção de mais edifícios para abrigar um número maior de pessoas.

Esse ato, que já seria notável em qualquer lugar do mundo, ganha peso já que na Índia a homossexualidade é criminalizada e permanece sendo um dos grandes tabus da sociedade indiana.

O príncipe é filho do marajá Rajpipla, de Gujarat, no oeste da Índia. Quando assumiu sua homossexualidade, em 2006, tornou-se o único membro abertamente gay da família real indiana. O gesto fez com que ele fosse marginalizado pela própria família, tanto que seus pais até chegaram a aplicar um tratamento de “cura gay”, mas Gohil não baixou a cabeça. Ele fundou a Lakshya Trust, uma organização que se dedica a apoiar homossexuais e educar a população sobre maneiras de se prevenir o HIV.

“Se eu passei por esse tipo de situação, o mesmo pode acontecer com qualquer outra pessoa homossexual”, declarou ao jornal International Business Times.

“Na Índia, nós vivemos em um sistema familiar, e somos condicionados mentalmente a estar sempre com nossos pais. No momento em que se tenta sair do armário, nos dizem que vamos ser expulsos e que a sociedade vai nos boicotar. A pessoa é banida da sociedade. E muitos são dependentes financeiramente dos pais.”

“Eu quero oferecer empoderamento social e financeiro para as pessoas para que, com o tempo, elas sejam capazes de declararem que são LGBT sem serem afetadas. Elas terão seu próprio sistema de segurança social. Não vai fazer diferença se forem deserdadas por suas famílias.”

Gohil tem planos para que seu centro de acolhimento ofereça abrigo, educação sobre a prevenção do HIV, cuidados médicos e treinamento vocacional para seus hóspedes. No momento, o palácio já conta com dois moradores: seu gerente, que é gay, e uma mulher trans.

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