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Nossa última figura feminista é uma das principais referências nos estudos de gênero, a filósofa Judith Butler, 61 anos. A figura de Butler é mais associada ao campo de estudo da identidade de gênero e à teoria queer. Seu livro “Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade”, de 1990, é um dos títulos mais importantes da teoria feminista contemporânea. Para Butler, a identidade de gênero é um tipo de performance, culturalmente construída, múltipla e passível de mudanças: não é binária (dividida nas categorias homem e mulher) ou linear.

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Fazendo uma manobra semelhante à Joan Scott, Butler pretende historicizar o corpo e o sexo, dissolvendo a dicotomia sexo x gênero, que fornece às feministas possibilidades limitadas de problematização da “natureza biológica” de homens e de mulheres. Para Butler, em nossa sociedade estamos diante de uma “ordem compulsória” que exige a coerência total entre um sexo, um gênero e um desejo/prática que são obrigatoriamente heterossexuais.

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E como se daria essa “ordem compulsória”? Pela repetição de atos, gestos e signos, do âmbito cultural, que reforçariam a construção dos corpos masculinos e femininos tais como nós os vemos atualmente. Trata-se, portanto, de uma questão de performatividade. Para Butler, gênero é um ato intencional, um gesto performativo que produz significados. Saiba mais sobre a teoria de Butler assistindo o vídeo abaixo:

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