Ontem a internet parou mais uma vez por causa da cantora Anitta, que resolveu lançar uma música com vídeo inédito por mês. Depois de Downtown, Is that for me e Will I see you, a novidade do projeto CheckMate é o clipe de Vai Malandra.
A cantora voltou ao funk em um vídeo filmado no Morro do Vidigal, comunidade no Rio de Janeiro. Em transmissão ao vivo no YouTube, antes da estreia, Anitta contou que a ideia foi deixar Vai Malandra para o final do projeto para a galera entender que a vibe seria algo mais Brasil.
“Mostro no clipe coisas que eu fiz quando morava em comunidade. Pegar sol na laje, por exemplo”, conta Anitta
Nas redes sociais, o que mais foi comentado foi o corpo da estrela, retratado sem retoques por ordem dela. Dobrinhas, celulites e marcas na pele, comuns à maioria das mulheres, apareceram sem qualquer tratamento de imagem. Anitta é das nossas! Gente como a gente.
Mas talvez o que mais tenha levantado discussões foi a sexualização elevada e a objetificação do corpo da mulher. Tem tudo isso no clipe, sem falar que o diretor norte-americano do vídeo, Terry Richardson, está envolvido em acusações de assédio sexual.
Diferentemente do que sugeriram as primeiras imagens apelativas do vídeo, lançadas há meses fora do contexto, o projeto tem uma estratégia de uma artista que pensa cada passo de sua carreira. Vai Malandra reafirma a cultura do funk e da favela, do Brasil que ainda é invisível para as elites. Anitta propaga sem filtro essa identidade, sem ao menos ignorar a pegada pop da sua música. A cantora mostra seu corpo, sua realidade, seu universo e seu som ao mundo!
Ah, se até a Anitta tem celulite, quem sou eu, mera mortal, pra fingir que não tenho?
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