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Você já ouviu falar em Blackface?

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Então, Blackface nas décadas passadas se referia a uma prática de atores do teatro que se pintavam com carvão de cortiça para representar personagens afro-americanos de forma exagerada. Hoje em dia é aquela pessoa que usa da imagem negra para entretenimento, deboche ou pela “moda”. Sabendo da história do povo negro, da marginalização, preconceito, inferioridade, se vestir e colorir de negro por conveniência é um ato de racismo sem tamanho.

O assunto foi bem comentado quando a série Dear White People surgiu no 1º semestre de 2017 na Netflix (a segunda temporada está chegando no próximo ano!) e eu inclusive falei da série por aqui. Os acontecimentos de grande parte da série giram em torno dos alunos de uma Universidade frente a uma festa com temática Blackface.

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Essa semana deu para perceber que até negros correm risco de passar vergonha apoiando blackface. A ex-consulesa francesa, Alexandra Loras, criou a exposição de fotos “Pourquoi pas?” com personalidades brancas da mídia brasileira com alteração digital na cor de pele. Decidi não incluir fotos da exposição aqui para não espalhar esse material tão sem nexo. Não é pintando o rosto de brancos de marrom que iremos fazer uma reflexão sobre a “inversão dos mundos“. Acho que acabou satirizando a imagem do negro e não atingiu o objetivo de Alexandra. A atitude da ex-consulesa foi bem criticada por negros de opinião nas redes sociais, mas ela decidiu prosseguir com o trabalho.

Por que não chamar um ator negro para fazer um personagem negro? Por que não fazer uma exposição com negros poderosos para incentivo e inspiração? Por que se vestir de “negra maluca” no carnaval com milhões de outras fantasias existentes?

Ridicularização e falta de representatividade não cabem mais nesse mundo.

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@negraecrespa

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