Atlântida

Eu definitivamente não nasci pra esse negócio de trovar. Então já peço desculpas por antecedência. Nunca me senti bem de ficar só por ficar e não tem nada a ver com esse papo de decência. Eu até nem acredito em signo, meu nome é Mariana, nascida em julho, canceriana. Então quem crê nessa fita sabe que eu gosto de carinho mesmo e não tenho vergonha ou medo de admitir, isso não quer dizer que eu quero um relacionamento, mas também não quer dizer que eu não quero que você fique aqui. E eu que sempre fui romântica posso explicar nossa conexão com uma boa dose de física quântica. Atraímos pessoas na mesma vibração. E as tuas ondas vibratórias me acertaram bem no meio do coração. O bom da vida é criar laços. E eu nem acreditava nesse papo de que o mundo cabe em um abraço, mas depois que você me fez segura, ficou difícil duvidar daquela história que só um amor cura a dor da decepção. E mesmo sozinhos no chão, enquanto eu vivia e respirava tensão, as melhores coisas da vida quem tem são pessoas que sabem valorizar o carinho que recebem e que recebem o mesmo carinho que dão.

Reciprocidade, é só isso que eu desejo. E que cada vez que meu coração couber dentro do teu beijo, você não deixe ele escapar. “Ah, lá vem a poeta romantizar“.

Calma, não precisa se assustar. Eu sei que ainda nem provei o teu beijo, mas chega mais perto aqui, vem me ouvir no slam chamego, a gente pode mandar aquele trecho e o que eu não esqueço é uma parte importante da equação, antes menos de ter meu beijo, cê tem mais a minha admiração. E eu que depois de tanto insistir em fechar a porta, quis das minhas maneiras tortas me proteger e eu só não contava que no meio do caminho encontraria você. E eu que nem sou boa de trova, criei coragem nessa minha cara e te mandei no Insta um “e aí, qual vai ser?”

Já pensou no belo soneto, ou melhor, dueto que a gente daria, e a gente ate poderia ouvir uma tua, ou uma Elis Regina ou Nina Simone e nem precisa nos chamar de dueto, mas nos chama de love song. O nosso romance a gente ia escrever na base do rap e do freestyle pra combinar contigo, e as punchline seriam umas juras ao pé do ouvido e eu te esperaria mesmo que cê chegasse atrasado, afinal, busão lotado, proletariado, só me promete que o teu coração não anda ocupado por outro alguém. Eu entendo bem que demores, mas leve um pouco de mim onde fores, e me traga uma improvisada, nem se preocupe em me trazer flores, e eu te conto que posso estar errada, mas eu acho que vibramos nas mesmas cores e eu que até andava meio página em branco na minha vida, vi você chegar na hora certa pra pegar toda esse meu descolorido de dor contida e encher meu coração com tua tinta e amizade colorida.

Calma, não precisa fugir. Eu sei que ainda nem provei o teu beijo, mas chega mais perto aqui, vem me ouvir no slam chamego, a gente pode mandar aquele trecho e o que eu não esqueço é uma parte importante da equação, antes menos de ter meu beijo, cê tem mais a minha admiração. E eu que depois de tanto insistir em fechar a porta, quis das minhas maneiras tortas me proteger e eu só não contava que no meio do caminho encontraria você. E eu que nem sou boa de trova, criei coragem nessa minha cara e te mandei no Insta um “e aí, qual vai ser?”