emily lima

Durou apenas 10 meses a trajetória de Emily Lima à frente da Seleção Feminina de Futebol. A Confederação Brasileira de Futebol demitiu a treinadora do cargo depois de alguns tropeços nos últimos compromissos do time brasileiro, diante de adversárias como Alemanha, Estados Unidos e Austrália.

Embora se trate de uma categoria feminina, Emily se tornou a primeira mulher a comandar a Seleção após três décadas de direção masculina. Ao contrário dos últimos cinco técnicos, a treinadora foi a única que não teve oportunidade de completar ao menos um ano de trabalho, mesmo sentindo as dificuldades de falta de estrutura, escassez de verba, entre outros problemas que cabem apenas à Seleção Feminina de Futebol.

Ao anunciar o desligamento de Emily, Marco Aurélio Cunha não especificou as razões pela demissão. Já, a treinadora afirmou:

“Não sei se existe lobby por técnico homem, mas acho bem difícil outra mulher assumir o cargo”.

E como já esperado, o nome mais cotado para a função é Vadão, ex-técnico da Seleção, que retornaria ao comando menos de um ano depois de sua saída.

Após o anúncio da demissão de Emily, atletas como Cristiane, Fran e Rosana afirmaram que não jogarão mais na Seleção, como forma de protesto e em solidariedade à ex-treinadora.

aplaudindo de pé

Cristiane, que joga no futebol chinês e que é a maior artilheira em jogos olímpicos independente do gênero, não deixou de criticar a CBF e o seu presidente em mensagem:

“Por que não colocam as nossas camisas à venda? Eu cansei de ficar ouvindo de diretor que nós só sobrevivemos por conta do dinheiro do masculino. Já que isso acontece, por que não criam um plano para que possamos depender de nós mesmas?”

No Brasil, é comum vermos a intensa rotatividade de treinadores baseados nos últimos resultados, dificultando a sequência em seus trabalhos por conta de rodadas ruins. Se essa situação já é complicada para os treinadores, imagine para uma mulher à frente de uma seleção.

Instagram ATL Girls