amigas tai

Depois de alguns relacionamentos superficiais (deixando claro, não por minha parte!) decidi tirar férias e curtir com as amigas. Dois finais de semana regados a conversas sem fim, risadas intermináveis, comilança e bebedeira (atacou meu fígado para terem uma ideia!).

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Cada final de semana teve uma história diferente.

Um foi de reencontrar mulheres que quando estávamos cotidianamente ligadas não sabíamos tanto uma da outra. Foi uma redescoberta de empatia que já existia e um encontro com o medo de ficarem sós, de não serem vistas como exemplo, de não serem compreendidas, o peso da idade e das escolhas.

No outro, um encontro com o sagrado e divino poder feminino. Envolvidas com rituais, buscando nos reconectar com a energia dos quatro elementos da natureza. Seria louco explicar a intensidade dessa junção, talvez seja algo próximo a voltar para o útero, um lugar quente, acolhedor e amável. Ali ninguém era culpada, ou inocente, éramos mulheres, buscando o próprio caminho evolutivo, mas nos apoiando e impulsionando uma a outra.

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As duas reuniões mexeram muito comigo! Um por já ter me visto e me indagado sobre as pressões que a sociedade demanda em cima de uma mulher – você tem que namorar! casar! ter filhos! ninguém é feliz sozinha (tem música que diz isso)! mas se você fizer isso o que os outros vão pensar? isso é coisa de piranha! ela deu certo no trabalho por isso que não namora!- Já me vi aqui! Uma zona tão comum e também muito fácil de retornar, pois afinal, é cultural né, fomos ensinadas a achar que nossa felicidade depende de alguém, que se algo deu errado a culpa é nossa e isso se reflete em vários pontos doentes na sociedade e nas nossas relações interpessoais!

O outro evento veio para reforçar o caminho que escolhi seguir, que não é querendo me achar, mas eu sou FODAAAAAAAAAAAAAAA, e que tem um monte de mulher FODAAAAAAAAAAAAAAA pra caracasssss e por conta disso se for para me prender a alguém, que ele seja um parceiro de estrada. Não procuro um cara perfeito, caras perfeitos não existem e spoiler: eu também não sou! Mas tem que ser alguém pra somar e não só pra dizer que tem alguém!

Tai tu tá querendo enfiar a tua ideia goela baixo? Olha, não! Eu não quero ser a dona da verdade, só quero dizer que a gente está aprendendo, e que homens e mulheres estão mudando, que se a gente não se abrir para um novo caminho, onde existe respeito entre gêneros, seremos engolidos pelas nossas insatisfações! Então, permita-se!

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Beijos crocantes!

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