Quando procuramos por festas aos finais de semana é muito comum encontrarmos preços diferentes para homens e mulheres, ainda mais se estivermos falando de baladas héteros. Mas essa prática, finalmente, chegará ao fim.
O Ministério da Justiça, por meio de uma nota técnica do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, declarou que as casas noturnas, bares e restaurantes não poderão mais cobrar valores diferentes para homens e mulheres, e têm um mês para se adequarem à determinação.
E se você ainda acha que mulher pagar menos é benefício, te explico que não tem nada de bom nisso. Os baixos valores cobrados para o público feminino são considerados pelos organizadores de festas um atrativo, uma vez que a probabilidade de ter muitas mulheres no evento é alta. É uma verdadeira jogada de marketing que objetifica a mulher para atrair mais homens às baladas.
“A utilização da mulher como estratégia de marketing é ilegal, vai contra os princípios da dignidade da pessoa humana e da isonomia. Os valores têm de ser iguais para todos nas relações de consumo”, disse o secretário nacional do consumidor, Arthur Rollo.
Já a nota emitida pela secretaria afirma que a decisão combate a “ilegalidade de discriminação de gêneros nas relações de consumo, vez que a mulher não é vista como sujeito de direito na relação de consumo em questão e sim como um objeto de marketing para atrair o sexo oposto”.
Se você identificar uma situação em que os preços para homens e mulheres são diferentes, acione os órgãos de defesa do consumidor da sua região para fiscalização e autuação do local.
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