pam e luca ser mãe

Quando eu engravidei, eu não estava pronta para ser mãe.

Pra ser bem sincera, eu acho que ninguém nunca está preparada de fato.

Ter um filho é infinitamente diferente de ser mãe.

Eu não me tornei mãe no momento que engravidei, nem no momento que vi meu filho pela primeira vez.

Sabe aquela história de amor à primeira vista no nascimento do filho? Pois é, não foi assim comigo.

Confesso que ainda tenho dias que eu me dou por conta que me tornei mãe, tipo: “oi? eu sou mãe?!”.

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Ser mãe vai muito além do que ter um filho.

Eu tive uma gestação complicada, com muitas dores, enjoos e até mesmo um início de parto prematuro, tudo isso para ir me tornando mãe. Minha bolsa estourou antes da hora, eu me deparei com um medo que não estava preparada.

“Meu filho vai nascer hoje?”

“Não estava preparada para ser mãe hoje”

“Doutor, fecha aí que ainda não estou pronta!”

Tive as dores do parto, tive o medo da anestesia (e lembro do meu medo de “achar” que ainda estava sentindo minhas pernas quando o médico disse que ia começar a cesárea), tive medo dos puxões que senti para meu filho ser tirado de dentro de mim, tive medo de que ele não chorasse logo, tive muito medo. Eu era só medo no nascimento do meu filho.

Não teve aquele brilho que falam, ou que a gente assiste nos filmes.

Eu não senti amor incondicional pelo meu filho no momento que vi ele pela primeira vez, o amor foi nascendo aos poucos.

Sabe quando você vai se apaixonando a medida que você conhece essa pessoa? Assim foi com meu filho.

Só que quando você é mãe, você não se apaixonada só pelos momentos bons, os momentos ruins que mostram que realmente o amor por um filho é algo de outro mundo mesmo.

Eu tinha 21 anos, um filho no colo e nenhuma informação. Amamentar era estranho, não dormir era torturante, a minha revolução interna era bizarra, mas eu não podia parar para pensar no que estava acontecendo, eu precisava continuar remando, tinha um pequeno ser que precisava de mim para viver.

Você não dorme, não consegue se alimentar, ir ao banheiro, escovar os dentes, até pensar você não consegue mais, e isso é o amor nascendo.

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Um sorriso depois de uma mamada, aquele suspiro que seu filho dá quando finalmente pega no sono, as descobertas, o olhar procurando a tua voz, as primeiras palavras, e isso é o amor nascendo.

A primeira febre, o primeiro tombo, a tentativa de fazer aquele ritual que você pesquisou na internet para seu filho dormir um pouco mais, a conquista de fazer seu filho gostar de alguma comida que sua bisavó disse que faz bem para os olhos.

O amor por um filho nasce das tentativas, isso mesmo, ter um filho, é viver tentando.

Tentando que ele durma um pouco mais ou tentando que ele coma mais aquela colherada de comida.

Está na tentativa de querer dar sempre mais, querer ser sempre uma mãe melhor e todas as noites estar exausta por isso.

O amor por um filho é nutrido dia após dia e acho que ainda não amo meu filho tanto quanto amarei amanhã, semana que vem, daqui há 5 anos, ou como amarei no meu último suspiro de vida.

Tem dias que me acho uma mãe f***, mas em outros tenho certeza que não nasci pra isso.

E é aí que percebo que sou mãe, quando tenho dias bons e ruins, e mesmo com uma vontade imensa de querer sumir nos dias ruins, os bons apagam qualquer pensamento para iniciar um plano de fuga.

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