bbb17bEu sempre falei que este programa é um estudo antropológico. Você pode falar mal, brigar, julgar quem assiste, inclusive negar que vê, eu, pelo contrário, sou BBB fã, por realmente acreditar que se trata de um aprofundamento de amostragem do ser humano, aceitando ou não, me julgando ou não, o fato é que esse BBB17 mitou!

Além das intrigas, teorias da conspiração, romances habituais do reality, lidamos com questões bem atuais senhoras e senhores. Um relacionamento abusivo, cercou os assuntos familiares nesta última semana, e como, estamos em um despertar constante de consciência o que antes fazia sentido, hoje não serve mais.

Tudo bem, estamos falando de 78 dias de confinamento. Como você reagiria a determinadas situações? São 24h com pessoas desconhecidas, nem mesmo com nossos parentes, amigos e amores, passamos tanto tempo. Não temos colegas de trabalho, família e amigos para nos centrar.

O que me levou a escrever este texto foi que me vi errando e julgando 3 mulheres no decorrer nesta temporada, e, para mim, nada mais simbólico do que estas mesmas mulheres estarem na final!

Emilly

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Com apenas 20 anos, a vida inteira pela frente, julguei, nossa como julguei! Imatura, mal-educada, a típica menina com o “rei na barriga”. Antes de entrar no programa, há mais exatos 15 dias, ela perdeu a mãe. Na noite passada, ela disse que não sabia o que seria da sua vida se ela não tivesse caído de paraquedas no reality, por ter que continuar a lidar com a dor da perda de uma referência para ela. Eu errei e errei feio, porque me lembrei hoje, quem eu era aos 20 anos. Não sou a dona da razão e compreendi emocionalmente a dor dela. Longe de mim dizer que ela não me irritou, por seus rompantes impensados, mas quantas vezes irritei meus parentes com as minhas vontades na idade dela, e agora estou aqui, aprendendo e crescendo com meus erros.

Ieda

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Mais inatingível para mim. Uma mulher com 70 anos, que na minha avaliação, míope, fazia um “jogo em cima do muro”, mas o que faz uma mãe com vários filhos? Não tomar partido minha gente, e tentar mostrar a dor que teu irmão sente. Ela mostrou também, pelo menos para mim, que 70 anos não fala a idade mental que se tem, isso é coisa da nossa cabeça! Brincou, se entregou, revelou vontades e sonhos com um diferencial, a experiência. Enxerguei os mais velhos de uma forma linda: eles exibem que o tempo cura cicatrizes.

Vivian

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Se juntou com pessoas erradas logo no início do jogo, namorou um boy que ainda precisa aprender um bocado. Perdeu um a um de seus amigos e foi se reinventando, se redescobrindo e desabrochando. Teve um papel fundamental, quando sua adversária (Emilly), ficou sabendo da eliminação de seu companheiro, e tentou acalmar o coração da menina. Se mostrou fraterna, teve empatia pela dor da outra e deu uma aula sobre agressor e agredido. Foi sábia nas intervenções e conselhos.

Em um momento, onde se fala tanto sobre empoderamento feminino, é extremamente representativo ver elas na final. Tão diferentes em seus defeitos e qualidades (somos humanos, né?!) Somos únicos! Ninguém é 100% bom ou 100% ruim. Não conhecemos toda a história daquele indivíduo, não calçamos seus sapatos nas adversidades.

Meu conselho é, escutem mais, tem um universo inteiro dentro de cada um que julgamos! E parafraseando KID ABELHA, “sou errada, sou errante, sempre na estrada, sempre distante, vou errando enquanto o tempo me deixar“.

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Beijo suas lindas!

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