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A ilustra aqui do cabeçalho é da ilustradora polonesa Joanna Gniady <3

A cena que eu preciso que vocês imaginem (e ela de fato está acontecendo) é a seguinte: eu, de pijamas, ouvindo Chet Faker, lembrando que fui chamada pra esse blog pra escrever sobre sexo e suspirando. Não de tesão ou qualquer coisa parecida – até porque, só pelo título desse texto vocês já devem imaginar que não é o caso.

O fato é que, desde muito nova, sempre fui muito curiosa sobre sexo. E sempre gostei da coisa, me arriscava pelos cantos da cidade pra transar e saciar minhas fantasias. Mas de uns tempos pra cá (mais ou menos 4 meses) a coisa andou mudando. Em tempos de Cinquenta Tons de Cinza e mulheres se libertando cada vez mais sexualmente (AINDA BEM), me vi em uma situação nova aos 30 anos e também assustadora: meu interesse em transar diminuiu drasticamente.

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É bem verdade que toda ou quase toda disfunção é uma resposta a algum desequilíbrio – seja ele psicológico, hormonal, etc. E eu andei passando por algumas coisitas.

Tipo: Troquei de anticoncepcional depois de 16 anos e na bula tava lá, escarrado na minha cara, a diminuição do apetite sexual como um dos efeitos colaterais;

Tive uma mudança significativa na minha constituição familiar – AKA meus pais se separaram amigavelmente e meu coroa foi morar em outro Estado;

Sou produtora de conteúdo freelancer e estou CONSTANTEMENTE EM BUSCA DE TRAMPOS, cada vez mais escassos também;

Ando com um medo cada vez mais latente de simplesmente estar em Porto Alegre – quem é daqui vai entender o motivo. A violência tá absurda e isso tem me dado minimicrocrises de ansiedade.

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Você deve estar pensando “ORRA, a Jordana tá lascada”. E eu acho que tô mesmo – mas de certa forma, ciente de que também-pode-ser-só-uma-fase-que-vai-passar-TEM-QUE-PASSAR. Digo isso porque eu não parei de transar completamente. A frequência foi alterada, sim, parei de investir como antes, sim, mas quando estimulada ainda sinto tesão, tenho orgasmos de revirar os olhinhos e aquela coisa toda. Ao meu favor, também conta a parceria de um namorado incrível, compreensível e que tenta a todo custo entender os processos pelos quais eu ando passando. E por isso tudo eu sou imensamente grata.

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Se você estiver passando por um momento parecido com o meu, não se desespere – pode ser um tanto quanto assustador no início, mas sempre existe uma solução esperando pra ser utilizada. Claro que uma ajudinha profissional – olá, ginecologistas e psicólogxs! – também é muito válida nessas horas – e até mesmo naturais. Andei pesquisando e achei inúmeras opções de suplementos disponíveis (POR FAVOR, SÓ COMPRE COM INDICAÇÃO MÉDICA, COMBINADO? combinado!). Entre eles: maca peruana, chocolate amargo (SRSLY, esse pode comprar no super mermo), catuaba, óleo de primula e por aí vai.

Assim como a nossa libido, a falta dela costuma ser causada por inúmeros motivos. Entram em jogo aspectos físicos, psicológicos e muito mais. O segredo pra recuperá-la é identificar o peso de cada um deles no momento. É isso que eu tenho tentado fazer, principalmente nessas horas em que eu estou aqui desse lado e vocês do outro. Sempre fui uma defensora ferrenha da pílula – eu seeeeeeeei que tem muitas coisas ruins, mas é o método mais eficiente pra mim até então. Só que aí me deparei com uma frase que me deixou abalada: “ANTES TRANSTORNADA DO QUE SEM LIBIDO.”

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Tive que sentir na pele a alteração do meu apetite sexual pra repensar meu próprio método contraceptivo. Que sinuca, né? Aliás, se você já passou ou está passando por isso, escreve pra mim? Vamos conversar, sofrer um pouquinho juntas e depois rir, porque sério, SEMPRE tem uma saída.
Deixo aqui o meu abraço carinhoso pra tdx vocês!

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