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Você se diz feminista, mas não, não se iluda
Se eu gritasse socorro, você me daria ajuda?
Ou viraria a cara pra essa “chinelona”?
Segundo suas palavras eu não posso ser minha dona?
Cuidar da minha vida, cuidar da minha bunda?
Sair na quinta, sexta e se eu quiser sair segunda.
Lá vai aquela puta com aquela roupa curta
E se for estuprada a PM nem escuta
Foi ela que pediu, é ela que tem culpa,
Se quer ser respeitada, cuide bem da sua conduta
Tranca bem a porta, não abre pra estranhos
Fique em casa se comporta e reza pra todos os santos
Mas a nossa outra mana, a que ficou em casa
A mãe foi pro trabalho e ela foi abusada
Pelo seu padrasto ou vizinho nojento
Se queria respeito, tinha que ir pro convento?
Qual é a sua desculpa e qual a solução?
Se você sai na rua e grita violência não
Mas na hora do bem bom cê tira seu proveito
Se liga minha mana, cuide o seu comportamento
Que eu não suporto mais ouvir que sou culpada
Quando eu não tenho paz, quando eu sou abusada
Estuprada, humilhada, com a cara no chão
E você me xingando… mais uma decepção
Se liga de uma vez, é hora de crescer
Pra você entender, quantas vão te que morrer?
Então pare de gritar, chega de ofensas
Se a gente se unir, pode ser que a gente vença
Ainda tenho esperança, tamo juntas na luta
O que te da o direito de vir me chamar de puta?
Enquanto cê me odeia, senta e se orienta
Se a gente se afasta o machismo se sustenta
Eu não quero mais ser carne servida em uma mesa
Que olha pros meus peitos antes da inteligência
A gente já perdeu a essência.. falando de decência
Pense no que fala que eu já to sem paciência
Se cada vez que eu falho, você vem e comemora
mais uma de nós morre e a gente senta e chora
Mas minha mana, vai em frente, me chama de imunda
Apesar de tudo isso, você realmente achou que eu não ia rebolar a minha bunda?

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