kaol porfirio RA

Quando se trata de um assunto tão delicado quanto relacionamentos abusivos, muitas vezes algumas questões permanecem ocultas e não discutidas, justamente por se tratar de um assunto pesado e pouco falado. Ajudar meninas e mulheres a identificarem um relacionamento abusivo e buscar maneiras de sair dessa situação é o objetivo principal da maravilhosa ilustradora gaúcha, Kaol Porfírio que também é dona de projetos incríveis como “Fight Like A Girl“.

Usando do seu talento para desenhar e da sua sensibilidade em tratar problemas e lutas femininas e ajuda de grandes nomes como Capitolina, Artemis, Collant Sem Decote, Ideias em Roxo e Think Olga, Kaol elaborou uma série de imagens explicando o que é, como identificar e qual a melhor maneira de pedir ajuda caso você ou alguém que você conheça esteja passando por isso!

Bóra conferir?

#1 Precisamos falar sobre relacionamentos abusivos!

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#2 Relacionamentos abusivos existem. E MUITO!

3As vezes alguém muito próximo pode estar vivendo um relacionamento abusivo sem que ninguém saiba. É comum que mulheres acabem se calando diante de alguns abusos, justamente por serem naturalizados como em frases “minha mulher eu que mando” ou “briga de marido e mulher ninguém mete a colher”. Não naturalizem nem se calem!

#3 A agressão não se resume a violência física ou sexual!

4O Relacionamento Abusivo nem sempre se concretiza em violência física. Ele pode ser sutil, causado por pequenos atos de violência psicológica, pequenos comportamentos que tiram a liberdade, autoconfiança e segurança de alguém.

É bastante comum que alguém esteja sofrendo sem saber o que está causando esse sofrimento, porque costumamos romantizar alguns abusos.
Esse sofrimento aumenta tanto que pode destruir o psicológico de uma pessoa.

#4 A violência psicológica

5Violência psicológica é ó assédio que gera humilhação, manipulação e controle por parte do agressor. Exemplos comuns são, por exemplo, quando a pessoa controla com quem você anda, o que faz, o que veste… Ela está sendo abusiva com você.

Reclamar com frequência dos seus amigos, das tuas roupas, das tuas escolhas e te induzir a muda-las não é algo saudável.

#5 A violência econômica

6Outra forma que é bastante naturalizada, é que a mulher não precisa de fonte de renda e pode ser sustentada pelo marido. Claro, isso vem perdendo força, mas ainda existem muitos casos, já que retendo o dinheiro da vitima, o agressor tem mais controle sobre ela. E essa prisão é umas das causas que muitas mulheres não conseguem se livrar do relacionamento abusivo, já que não há perspectiva de como sobreviver sem bens e dinheiro. Se a vitima possui filhos, isso se torna ainda mais difícil.

#6 Ofensas e acusações

7Violência moral acontece quando a dignidade da vitima entra em jogo. Um exemplo claro é a divulgação de fotos pessoais, como o revenge porn, onde a vitima é acusada de traição, tem suas fotos pessoais vazadas na rede sem sua permissão. Isso põem em risco sua vida profissional, estudos, o ambiente familiar e claro, a saúde física e emocional da vítima.

#7 Agressões

8A pessoa te ataca ou te ameaça fisicamente, joga objetos em sua direção durante brigas ou te agride de alguma outra forma? Destrói objetos, tende a demonstrar comportamento violento quando está com raiva (mesmo que não chegue a te bater)? Fique atenta, violência física e comportamento agressivo podem ser sinais de que o agressor venha a cometer crimes ainda mais graves!

#8 A violência sexual

9Qualquer tipo de ato sexual contra sua vontade, chantagem emocional para conseguir sexo e/ou forçar qualquer tipo de relação contra a sua vontade é VIOLÊNCIA SEXUAL.

#9 Mas não é só isso

10Você se sente assustada com a forma que o parceiro vai agir ou reagir se você pedir ou cobrar algo?

Você tem medo de terminar porque não sabe como a pessoa vai reagir?

Você acredita que tudo é sua culpa e evita qualquer coisa que possa causar conflito ou irritar o parceiro?

Não, você não deveria estar sentindo isso, por isso é importante notar se seu relacionamento está mesmo sendo saudável pra você.

Depois de ler sobre algumas formas de relacionamento abusivo, é preciso parar para refletir e entender que você pode estar em relacionamento abusivo e que pode sair dessa SIM!

#10 Você vai sair dessa!

11Entender que você ou alguém próximo a você precisa de ajuda é FUNDAMENTAL para começar a se livrar do relacionamento abusivo!

#11 Cada caso, é um caso

12Muitas mulheres não possuem alternativas concretas para deixarem o relacionamento. Desde a falta de suporte familiar, até por não possuírem recursos financeiros, muitos são os fatores que criam um verdadeiro muro de isolamento da vítima.

Em incontáveis casos, permanecer na relação sofrendo violência é a única alternativa para que aquela mulher continue comendo, vestindo e morando sob um teto – ainda que tudo isso seja controlado com crueldade. Para aquela mulher que tem filhos com o agressor, a situação é ainda mais difícil, pois dificilmente a justiça funciona com rapidez para garantir a proteção e o afastamento do indivíduo que violenta a mulher. Muitos abusadores usam os filhos como brecha para se aproximarem da vítima e muitas vezes essa única oportunidade acaba com a morte da mulher e até mesmo das crianças. Se você conhece alguém nesta situação, NÃO JULGUE. É importante que você tente ajudar a vítima, pois certamente, ela não está ali “por que quer“.

#12 Procure apoio

13É importante lembrar que existem diferentes recursos de apoio para mulheres que vivem um relacionamento abusivo e você precisa ir atrás desses recursos! Antes de mais nada, você precisa de apoio. Se você conhece alguém passando por essa situação, compartilhe informações, apoie. É muito difícil romper esse tipo de relacionamento, mas você vai conseguir!

#13 Denuncie

14Dicas para denuncias:

– Delegacias Especializadas de Defesa dos Direitos das Mulher –

As DEAMs são unidades especializadas da Polícia Civil para atendimento às mulheres em situação de violência.

– Delegacias de Polícia –

Caso a DEAM esteja fechada é possível procurar qualquer delegacia próxima ao seu domicílio para denunciar a agressão e pedir para que sejam tomadas as medidas de proteção necessárias.

– Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 –

Canal direto de orientação sobre direitos e serviços públicos para as mulheres em todo o país, em especial as que sofrem violência doméstica e familiar. A ligação é gratuita.

Você encontra mais sobre o trabalho incrível da Kaol na sua página, clicando AQUI!

#BeijoDaGlai

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