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O fim de ano sempre me faz refletir e perceber como é estúpida essa minha mania de dizer nunca. Os anos passam e os meus “nuncas” vão se transformando em milhares de novas possibilidades ao meu redor. Sim. 2016 foi difícil. Foi foda. Foi cansativo. Foi um teste de 365 dias à nossa paciência, à nossa capacidade de resistir a dias ruins e difíceis. Mais um ano que fiz uma lista de objetivos e esqueci de olhar ela no restante do ano, simplesmente porque eu me permiti mudar, simplesmente porque eu me preocupava em seguir o objetivo principal de qualquer uma das minhas listas, ser feliz em cada uma das escolhas que eu tomar – e eu fui.

Eu parei de olhar tanto para os outros, percebi que eu perdia tempo demais me preocupando com o que achavam e falavam de mim, eu aprendi a dar o melhor de mim. Eu aprendi a errar sem me culpar tanto. Eu aprendi que não posso fazer tudo, eu aprendi que meu corpo não da conta. Eu dei um fim em coisas que me faziam mal, me afastei de pessoas que me faziam mal. Descobri que terapia faz muito bem se você está realmente disposto a ouvir quais são os seus defeitos e principalmente se você está disposto a mudar. Eu aprendi a ser mais positiva e acreditar verdadeiramente que as coisas acontecem por um motivo na nossa vida. Eu aprendi que de vez em quando preciso me desligar do meu celular. Eu aprendi a não esperar dos outros o que eu faço por eles. Aprendi que todas as nossas escolhas tem de ser feitas com amor, isso com certeza vai fazer tudo valer a pena.

Sim. Foi um ano realmente foda. Foi um ano realmente difícil. Foi um ano que bateu na nossa cara de punho fechado, mas como disse Rocky Balboa em uma famosa cena do filme ‘Rocky’: “Ninguém vai bater tão forte como a vida, mas não se trata de bater forte, se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente, o quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando. É assim que se consegue vencer”.

Então, um brinde à nossa capacidade de apanhar. Um brinde à nossa força de vontade, um brinde à nossa coragem de dar a cara à tapa. Um brinde à sua felicidade, à nossa felicidade. Um brinde pelas nossas ideologias e pelas nossas opiniões e um brinde às nossas constantes mudanças de opinião, um brinde pela nossa capacidade de mudar, de perceber que errou, de conseguir reescrever novos capítulos no livro da nossa vida. Um brinde à nossa capacidade de sobreviver depois de dias difíceis. Um brinde a você que conseguiu resistir (eu sei como foi difícil). Um brinde às pessoas que se afastaram e um brinde às pessoas que ficaram. Um brinde aos amigos que eu perdi, aos parentes que perdi. Um brinde às nossas conquistas e um brinde às nossas derrotas. Que 2017 nos traga 2017 motivos pra sorrir. 2017 motivos pra olhar ao nosso redor. 2017 motivos pra ter mais paciência no trânsito e mais paciência para enfrentar as dificuldades. Que 2017 te traga 2017 motivos pra amar, pra ser forte, pra ser solidário, pra ser inteiro, completo, pra sentir orgulho. Que 2017 te ensine que estar sozinho é bom pra se conhecer. Que 2017 te ensine a se amar mais pra poder amar mais os outros. Que 2017 te traga 2017 motivos pra ser feliz.

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