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Em uma entrevista para a Revista Quem, Cauã Reymond falou sobre ser pai de Sofia, fruto da sua relação com Grazi Massafera, onde disse:

“Sou ‘pãe’, não gosto de terceirizar o afeto. Só fico com a babá junto quando não tem jeito, quando tenho que trabalhar e alguém tem que me substituir. Fora isso, não abro mão de fazer tudo para ela”, onde foi exaltado pela revista como um paizão.

Desculpa Cauã, você é um gato, ótimo ator, mas eu não posso concordar e achar certo a sua declaração.

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Por algum tempo depois do nascimento do meu filho (sou mãe solteira, solo, como preferir) usava o termo “pãe” nas redes sociais para que as pessoas pudessem entender quem eu era e qual era a minha realidade, mas depois de um tempo, percebi que não tem necessidade nenhuma de que esse termo seja utilizado.

Uma mãe cuida de um filho, sendo solteira, casada, viúva ou adotiva, por um instinto, por amor. 

Um pai cuida de um filho da mesma forma (ou pelo menos deveria!).

Homens e mulheres, pais e mães tem as mesmas responsabilidade com seus filhos (tirando a exclusividade de gerar a criança e amamentar) e não nos tornamos “pães” pela falta de um lado dessa criação.

Uma mulher que cuida da casa e dos filhos, não estão fazendo mais que a obrigação dela (segundo a sociedade) e os homens que fazem isso se tornam heróis. Mas por que isso?

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Nessa semana postei em minhas redes sociais vídeos do meu filho brincando de boneca, trocando fralda e colocando para arrotar. A iniciativa de brincar de boneca, partiu dele e eu me orgulho ao ver uma criança de 4 anos fazendo muito mais que muitos homens por aí. Nas publicações, quis mostrar que menino pode sim brincar de boneca, pois ao contrário do que se pensa (que ele pode ter tendências homossexuais se brincar de coisas de menina), estou ensinando meu filho o que é ser um bom pai, um homem que vai fazer o seu papel e não “ajudar” a sua companheira.

Homem trabalha e mulher cuida da casa e dos filhos. Em que década estamos mesmo?

Mãe cria, educa, dá banho, alimenta, brinca, protege e um pai, tem plena capacidade de fazer as mesmas coisas.

Esses dias ouvi um amigo dizendo que seu amigo, que recém tinha se tornado pai, não tinha obrigação de cuidar do filho depois do trabalho, pois ele teria trabalhado o dia inteiro e estaria cansado para poder cuidar do filho à noite, já que sua companheira havia passado o dia inteiro em casa com o filho.

Criar uma criança cansa, educar cansa ainda mais e quando é feito sozinho, é claro que a dificuldade é ainda maior, mas acho que pior que isso, são os casais onde o homem acha que sua função dentro da criação do seu filho é apenas brincar, que pai é feito pra isso.

Gostaria muito que homens fizessem exatamente TUDO que uma mãe faz na licença-maternidade, tenho certeza, que não aguentariam e finalmente dariam razão no quanto é cansativo cuidar de um filho.

Pai e mãe, pai é pai e mãe é mãe, a falta de um deles, não nos faz ser os dois, mas sim uma pessoa única para amar uma criança. Cada um tem seu papel dentro da criação do filho e que assim seja. Então me desculpe Cauã, você não é um super-pai, ou um “pãe” como você declarou apenas pelo fato de abrir mão de algumas coisas pela sua filha, você está fazendo apenas o seu papel. Sem remorsos ok?

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