islandia

Já pensou viver em um país pioneiro na conquista de direitos civis básicos, comandando por uma chefe de Estado abertamente homossexual, onde a licença paternidade pode durar o mesmo tempo que a licença maternidade e as questões femininas são valorizadas?

Pois então, localizada entre a Noruega e a Groenlândia está a Islândia, um pequeno território europeu, com pouco mais de 320 mil habitantes, que desde 2009 leva o título de país mais igualitário do mundo.

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Essa denominação não é a toa, já que o ranking anual de igualdade de gênero do Fórum Econômico Mundial, que classifica 142 países de acordo com as participações das mulheres no mercado de trabalho e na política, suas oportunidades econômicas, acesso à educação, saúde e sobrevivência, colocou a Islândia em primeiro lugar (o Brasil ocupa a 71a posição).

Mas o que faz da Islândia ser um lugar tão legal?

Fora toda a beleza natural constituída por campos, montanhas, glaciares, atividades vulcânicas, cataratas, placas tectônicas, praias com areia preta e auroras boreais (Ufa!), a ilha do Atlântico Norte é muito mais avançada politicamente do que se pode pensar.

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#1 As mulheres islandesas não têm medo de protestos e por isso o país é pioneiro na conquista de direitos civis

Há 41 anos, as mulheres islandesas entraram em greve, recusando-se a trabalhar, cozinhar e cuidar das crianças por um dia. Em 24 de Outubro de 1975 milhares foram às ruas protestar contra o baixo reconhecimento dado ao trabalho feminino. O dia histórico mudou a forma como elas eram vistas no país e colaborou para que em 1980 fosse eleita democraticamente a primeira mulher chefe de Estado da Europa.

#2 A Islândia foi o primeiro país do mundo a ter uma mulher na presidência e também o primeiro a eleger uma chefe de Estado abertamente homossexual

Como dito antes, Vigdís Finnbogadóttir, uma mãe solteira e divorciada, conquistou a presidência do país, ocupando o cargo por 16 anos. Este período ajudou a fazer a fama da Islândia como o país mais feminista do mundo. Em entrevistas, Vígdis assume que se não fosse o que aconteceu em 1975 ela nunca teria sido eleita presidenta (vale ressaltar que na Islândia a presidência é um cargo simbólico, pois o comando do país é responsabilidade do primeiro-ministro/da primeira-ministra).

Para completar, em 2009 os islandeses colocaram uma mulher no cargo de primeira-ministra. A eleita foi Johanna Sigurðardotti, primeira chefe de Estado assumidamente lésbica do mundo – e, até onde se sabe, a única.

#3 A Islândia foi um dos primeiros países a garantir direitos iguais aos casais homossexuais

Desde 1996, casais homossexuais têm o mesmo direito que os heterossexuais, tornando-se permitido fazer contratos de união civil, dando as mesmas garantias de um casamento. No entanto, até 2010 a palavra casamento era usada apenas para os heterossexuais, pois a mudança foi aprovada e comemorada por Johanna, a primeira-ministra, que logo pediu para converter sua união civil, com Jónína Leósdóttir, em casamento.

#4 Na Islândia, a licença paternidade pode durar o mesmo tempo que a licença maternidade

Desde 2000, a Islândia garante igual envolvimento dos pais no cuidado dos bebês. Lá, ambos têm direito a três meses de licença remunerada e não-transferível e mais três meses de licença não-remunerada que podem ser divididos da maneira que o casal achar melhor (assim como funciona no resto da Europa).

Tá certo que nem tudo é uma maravilha e a Islândia ainda não é o paraíso. As mulheres islandesas, em 2009, infelizmente, ainda ganhavam em média 17% a menos do que os homens, segundo a Organização Internacional do Trabalho.

Mas que já dá um ânimo de tempos melhores, isso dá! E claro, uma vontade enorme de conhecer esse país! Vamos pra Islândia?

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